sábado, 18 de maio de 2013

4.21 - Itália - Ronco All'Adige, inundações e terremotos.

Saímos de Parma, na Emilia Romagna e chegamos à Lombardia, especificamente em Poggio Rusco, a comuna dos Bugni. Cidade de 12 mil habitantes, machucada por um terremoto com epicentro em Mirandola, há um ano atrás, bem no ângulo agudo que é o sudoeste da Lombardia. Atravessando a ponte do Rio Pó, entramos no Veneto, terra dos Gatti, especificamente Legnago. Estranho destino que reuniu no Brasil, cinquenta anos depois essas duas famílias, numa pequena cidade do norte do Paraná, Rolândia!

Ainda em Parma, Alexandre alugou hotel pela Booking. com um pouco distante da cidade: uma pequena  vila - Ronco All'Adige - distante uns 20 km de Legnago. Chegamos ao entardecer e preferimos rumar direto ao hotel e deixar a cidade para a noite e o dia seguinte. Foi quando a chuva começou, intensa, a ponto de atrapalhar a visão do caminho. E como achar o hotel Tulim, nesse vilarejo de cinco mil habitante, meia dúzia de ruas  embaixo de tanta água? Ronco tem a mesma população que há cem anos atrás, aumentando um pouquinho e diminuindo outro pouquinho...

Cidade agrícola, tem como principais produtos o arroz (Riso Nano Vialone Veronese), a pera, o villagio deu-me a impressão de ter 2 ruas: uma longitudinal e uma transversal que se continuavam pelas estradas de chegada e de partida. Nosso hotel ficava na transversal!

Chovia muito, muito mesmo quando chegamos. O hotel, dirigido por uma família, era aconchegante. estávamos cansados pela longa viagem desde Parma, curtidos pela emoção de ter os ancestrais tão perto, que o restaurante do hotel foi muito convidativo. Ficamos por ali enquanto a chuva desmontava o muito. Havia massa, legumes grelhados, empanados, carnes, dispostos em um buffet. Na carta de vinhos - cai dura de espanto - o Amarone custava 18 euros. Estávamos na terra dele.

O Amarone é um vinho feito de uvas desidratadas, continua seco, mas parece vinho de chocolate. Talvez seja - para mim - o melhor vinho do mundo. Levamos a segunda garrafa para o quarto.....

A garçonete acabou conseguindo convencer o Alexandre a ir conhecer Verona - a cidade de Romeo e Giulietta - de ônibus. Era muito perto e ruim de estacionar. Na manhã seguinte, ainda chovia e eu preferi ficar no hotel. Day break! Nenhum novo estímulo, só a cama. Aproveitei para falar com o Brasil e botar este blog em dia. Claro, bebendo amarone o dia todo. Parece que foi um mico: a chuva não cedeu, o vento quebrou o guarda chuva, todos os pontos turísticos estavam vazios e impossíveis de ser apreciados. A maravilhosa arena de Verona - onde durante todo o verão há o festival de óperas - meu desejo - estava encharcado.....

Dia seguinte, Veneza. Poucos quilômetros de rodovia e fomos informados que teríamos de fazer um desvio de 80 km. A chuva das últimas horas havia provocado enchentes e alagamentos das pistas com interdição das estradas.


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