segunda-feira, 13 de maio de 2013

4.16 - Itália. Emília-Romagna, atravessando os Apeninos.

Saímos da Toscana.
Um erro na interpretação do calendário nos empurrou para a Emiglia-Romana. Nosso plano inicial era chegar até Ravenna, na costa leste da bota para ver seus mosaicos. Com dois dias disponíveis apenas, avaliamos que não valeria a pena. Como o objetivo final era caminhar para o nordeste, até Veneza, voltar para Ravenna nos faria ficar o maior tempo em estrada.

Então a opção foi viajar para a região do rio Pó, de onde nossos ancestrais vieram e - depois Veneza.


Então percebemos dois dias a mais no calendário de viagens.

E agora?
Para onde ir?

Aí, meu filho Alexandre, sugere o que lhe interessa: comer, experimentar novas iguarias italianas, fora da Toscana. Olhamos no mapa o que havia pelo caminho. A cidade de Parma, na província da Emiglia-Romana se mostrava como o destino ideal. É de lá que vêm o presunto de Parma e o queijo parmesão, além do grana paddano. Motivos mais que suficientes para colocarmos as malas no carro e pegarmos a auto-estrada. Fomos pela E-80 (a estrada que percorre a costa oeste) até La Spezia e depois, a A-15 até Parma.



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Cruzamos os Apeninos Setentrionais. As colinas suaves da Toscana deram lugar à montanhas mais altas, com um resto de neve do inverno. É do subsolo dos Apeninos que floresce o marmore mais famoso da Itália, quiçá do mundo: o Mármore de Carrara! Ingrediente fundamental para que a arte escultória italiana, desde os tempos do Império Romano, vicejasse.

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É uma região pouco habitada, abrigando o Parco Nazionale dell'Appennino Tosco-Emiliano, com 220 quilômetros quadrados. É um parque basicamente rochoso, com montanhas de média altitude, em relação aos Alpes, tornando hostil a presença do homem ali. Como viajávamos pela autoestrada, os túneis retificavam e escondiam as montanhas, então suas marcas eram distantes, através do vidro do carro veloz.


Chegamos à Parma no meio da tarde. É uma cidade de 180 mil habitantes, um pouco maior que Pinda e cortada pelo rio Parma. Nosso hotel ficava no centro histórico, ao lado da avenida que margeava o rio. Havíamos reservado-o na noite anterior, em nosso pequeno ambiente no Camping  Miramare.  


Quando achamos o local, mal sabia o que nos esperava: um edificio numa rua sem saída com um bilhete informando que a chave do quarto seria entregue em outro local, uns 500 metros dali. 


Mau presságio.


Acompanhada de um jovem  italiano de terno e gravata que padecia do mesmo problema, fomos em busca da tal chave. O garoto bonitinho morava em outra cidade e trabalhava em Parma de segunda a sexta e se hospedava nesse local. Sabia do caminho e dos rituais da chave.


Ida e volta, chave na mão, entramos no Residence Romeo e Giullietta. Grande surpresa! O estilo era muito, mas muito moderno. Funcional.

 
 

Ar condicionado e internet bombando. Grande balcão para o computador, com garrafa térmica, café solúvel, chá e açúcar. Camas de solteiro largas e confortáveis.




E o banheiro?

Ah, o banheiro valeu até um vídeo de tão moderno e eficiente: box retrátil, espelho com mudança de ângulo, porta-toalhas aquecido que nos permitiu lavar e secar roupas. E uma caixa de madeira para os amenities completa e organizadíssima.




Ficamos encantadas com o padrão. Acostumadas com os hotéis antigos da Toscana ver algo tão pertinente aos tempos modernos, tão tecnológico foi ótimo. Ideal para os jovens executivos como o jovem bonitinho que havíamos tropeçado alguns minutos atrás.


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