Vista aérea da Piazza del Duomo, dos prédios do Renascimento e do Rio Arno, na altura da Ponte Vecchia
Vimos intensamente o legado dos Medicis, uma dinastia que governou Firenze e depois a Toscana por cerca de 300 anos, de 1434 a 1737.
No século XV, a Itália era constituída por cidades-repúblicas, autônomas, com o poder dividido periodicamente entre a aristocracia, em sua maior parte, e a classe média emergente.
Os Medicis conseguiram fazer fortuna com a fabricação e comércio de tecidos e depois como banqueiros (foram os primeiros banqueiros internacionais) e a usaram - primeiro para conseguir aliados nos grupos de poder - e mais tarde, para trazer artistas e cientistas para Florença e moldar a cultura para o futuro, para o novo, para o Renascimento!
São essas expressões de arte que fazem Firenze tão emocionante: esculturas, pinturas, arquitetura..... ciência....... o que havia de mais contemporâneo estava sendo gestado ali, no Cinquecento.
Ficamos três dias em Firenze; obrigatório conhecer o L'Uffizi, o grande museu da cidade onde, em meio a milhares de obras de arte, focamos em Rafael (Madonna e i bambino?), Caravaggio (a sua Medusa é impressionante!), Botticelli - meus preferidos - além de alguma coisa de Da Vinci e Michelangelo (pintura).
Caravaggio - Medusa - Auto-retrato pintado trimidensionalmente num escudo.
Depois, na Academia, a algumas quadras dali, o Davi - a estátua perfeita de cinco metros de altura em mármore branco, de Michelangelo, representando o momento depois da vitória contra o gigante Golias.
Davi - Michelangelo
Gastamos uma tarde no Museu da Catedral de Santa Maria dei Fiore, tentando compreender técnicas de esculturas, de construção e os detalhes decorativos do Duomo, impossíveis de se perceber quando se olha a obra no seu conjunto, de fora, na praça. Foi muito interessante!
Contraponto de tanta andança, as paradas eno-gastronômicas: aqueles momentos de prazer, onde tomávamos contato com a horta e o pomar toscano. Frutos-do-mar, salames, copas, presuntos, as carnes, pastas. O vinho toscano, o Chianti, feito com pelo menos 80% de uva Sangiovese.
Ah, a pizza é claro! Pouco recheio e muçarela menos salgada que no Brasil. Gostamos! A pizza é a comida mais barata e mais rápida, a mais eficiente. Um prato grande - o correspondente a uma pizza pequena no Brasil - é servida por pessoa. Massa fina, molho de tomate fresco, um tiquinho de recheio e queijo polvilhado por cima - só um pouquinho. Fica um prato equilibrado, para se comer todo dia. Nem muita massa, nem muito queijo! O preço? De 5 a 8 euros!
Impossível falar de Firenze sem falar do seu Mercado Central e da sua feira de couros, na Piazza San Lorenzo. Nosso hotel - o Loggia Fiorentina - era bem localizado, em meio a esse vai-e-vem. No Mercado (lembrar sempre que estou viajando ao lado de um chef) nos deparamos com os cortes italianos da carne bovina e - principalmente da "bisteca fiorentina", o prato típico da cidade. Depois se maravilhar com todos os embutidos italianos: os salames, a mortadela, o presunto cru, principalmente. Ah, bancas imensas de funghi seco.
Mercado Central em Firenze
Corte de Bisteca Fiorentina exposta no Mercado Central |
Funghi porcini seco |
Alexandre encontrou um barraca que havia uma fila enorme: lá vendiam um sanduíche da dar água na boca: costela de boi cozida em molho e fatiada, colocada num pão redondo
(que era umedecido no molho da carne) e temperada com molho pesto. De lamber os beiços!
Fila para o sanduíche no Mercado Central
Na feira de couros foi a minha vez de se deslumbrar: bolsas de mil modelos e duas mil cores..... Queria todas! E como o demônio anda sempre mais e mais perto nem só de bolsas se faz uma feira. Paquistaneses dominavam as bancas onde se vendiam as escarfes: pachimina feita na Itália em todas as cores possíveis.
Presenteei-me de acordo com meus desejos. Mais bagagem ainda no começo da viagem.... Prometi a mim mesma que serão as únicas compras da viagem.
Será?
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