segunda-feira, 6 de maio de 2013

4.1 - Itália. Firenze

Hoje é nosso terceiro dia na Itália e só agora - e apenas por um átimo - consigo escrever. A rua é tão atraente, há tanta coisa para ver...  sobra só um cansaço preenchido pela plenitude estética, histórica e artística ao fim do dia.


Vista aérea da Piazza del Duomo, dos prédios do Renascimento e do Rio Arno, na altura da Ponte Vecchia

Vimos intensamente o legado dos Medicis, uma dinastia que governou Firenze e depois a Toscana por cerca de 300 anos, de 1434 a 1737.
No século XV, a Itália era constituída por cidades-repúblicas, autônomas, com o poder dividido periodicamente entre a aristocracia, em sua maior parte, e a classe média emergente.

Os Medicis conseguiram fazer fortuna com a fabricação e comércio de tecidos e depois como banqueiros (foram os primeiros banqueiros internacionais) e a usaram - primeiro para conseguir aliados nos grupos de poder - e mais tarde, para trazer artistas e cientistas para Florença e moldar a cultura para o futuro, para o novo, para o Renascimento!
São essas expressões de arte que fazem Firenze tão emocionante: esculturas, pinturas, arquitetura..... ciência....... o que havia de mais contemporâneo estava sendo gestado ali, no Cinquecento.

Ficamos três dias em Firenze; obrigatório conhecer o L'Uffizi, o grande museu da cidade onde, em meio a milhares de obras de arte, focamos em Rafael (Madonna e i bambino?), Caravaggio (a sua Medusa é impressionante!), Botticelli - meus preferidos - além de alguma coisa de Da Vinci e Michelangelo (pintura).



Caravaggio - Medusa - Auto-retrato pintado trimidensionalmente num escudo.

Depois, na Academia, a algumas quadras dali, o Davi - a estátua perfeita de cinco metros de altura em mármore branco, de Michelangelo, representando o momento depois da vitória contra o gigante Golias.



Davi - Michelangelo


Gastamos uma tarde no Museu da Catedral de Santa Maria dei Fiore, tentando compreender técnicas de esculturas, de construção e os detalhes decorativos do Duomo, impossíveis de se perceber quando se olha a obra no seu conjunto, de fora, na praça. Foi muito interessante!

Contraponto de tanta andança, as paradas eno-gastronômicas: aqueles momentos de prazer, onde tomávamos contato com a horta e o pomar toscano. Frutos-do-mar, salames, copas, presuntos, as carnes, pastas. O vinho toscano, o Chianti, feito com pelo menos 80% de uva Sangiovese.

Ah, a pizza é claro! Pouco recheio e muçarela menos salgada que no Brasil. Gostamos! A pizza é a comida mais barata e mais rápida, a mais eficiente. Um prato grande - o correspondente a uma pizza pequena no Brasil - é servida por pessoa. Massa fina, molho de tomate fresco, um tiquinho de recheio e queijo polvilhado por cima - só um pouquinho. Fica um prato equilibrado, para se comer todo dia. Nem muita massa, nem muito queijo! O preço? De 5 a 8 euros!

Impossível falar de Firenze sem falar do seu Mercado Central e da sua feira de couros, na Piazza San Lorenzo. Nosso hotel - o Loggia Fiorentina - era bem localizado, em meio a esse vai-e-vem. No Mercado (lembrar sempre que estou viajando ao lado de um chef) nos deparamos com os cortes italianos da carne bovina e - principalmente da "bisteca fiorentina", o prato típico da cidade. Depois se maravilhar com todos os embutidos italianos: os salames, a mortadela, o presunto cru, principalmente. Ah, bancas imensas de funghi seco.


Mercado Central em Firenze

Corte de Bisteca Fiorentina exposta no Mercado Central


Funghi porcini seco

Alexandre encontrou um barraca que havia uma fila enorme: lá vendiam um sanduíche da dar água na boca: costela de boi cozida em molho e fatiada, colocada num pão redondo 
(que era umedecido no molho da carne) e temperada com molho pesto. De lamber os beiços!


Fila para o sanduíche no Mercado Central

Na feira de couros foi a minha vez de se deslumbrar: bolsas de mil modelos e duas mil cores..... Queria todas! E como o demônio anda sempre mais e mais perto nem só de bolsas se faz uma feira. Paquistaneses dominavam as bancas onde se vendiam as escarfes: pachimina feita na Itália em todas as cores possíveis.




Presenteei-me de acordo com meus desejos. Mais bagagem ainda no começo da viagem.... Prometi a mim mesma que serão as únicas compras da viagem.

Será?

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