domingo, 12 de maio de 2013

4.14 - Comida Toscana

Comida toscana, comida italiana, comida paulista, comida da minha casa.
Nada de novo, nada me surpreendeu.
As comidas são as mesmas; a pizza é a massa básica; barata e com pouco recheio é o cardápio preferido dos turistas...

Em Siena, encontramos um restaurante pertencente a uma cooperativa onde os moradores locais almoçavam em pé. Vi algumas pessoas de terno e gravata comendo porções de nhoque ou lasanha em embalagens plásticas e descartáveis. Então a massa simples, só carboidrato faz parte do cotidiano d italiano.

Carnes: aí faz diferença. Pouquíssima carne de vaca, não comemos dia algum, que me lembre. Havia muito javali, porco e frango. Pouco cordeiro e coelho. 

Nas cidades à beira mar, muito peixe e frutos do mar em toas as apresentações; frito e empanado, em risotos ou massas. 

O pão é sempre presente ás refeições; tire o pão da mesa e o italiano grita. Cada região tem um tipo característico: na Toscana ele não tinha sal. Razões históricas, dos tempos da guerra entre Siena e Firenze, quando a rota de sal foi bloqueada. O fato mais marcante da viagem, no que toca á ancestralidade foi constatar que o pão do Veneto era igual ao pão que minha mãe fazia em casa. Três gerações depois, a tradição oral se manteve e o pão era o mesmo que minha bisavó devia fazer. Arrepiou.

Todos os molhos de massa os conhecemos aqui no Brasil com os mesmos nomes: à Alfredo, à carbonara, à bolognesa, ao nero de tinta, à matriciana, ao pesto ... e por aí vai; a comida da Itália não surpreende, o que não quer dizer que não comemos bem.Diferente do que se falava, as porções são fartas.

Os embutidos italianos são perfeitos: salames, copas, pancetta, a mortadela e o maravilhoso presunto cru de Parma. Muitas vezes, comprávamos pão e algum embutido nas mercearias do caminho e íamos comendo no carro ou no hotel.

Sobremesas, o mais comum são os gellatos. Há muitas sorveterias maravilhosas na Itália, a nossa escolhida foi em Castelina del Chianti, um vilarejo que tem uma estátua linda de uma parreira fundida a um torso de mulher. A gellateria mereceu um post. Mas houve dois tiramisus que - de tão bons - repetimos: o de Veneza, e o de Parma.

Não, não me lembro de comida ruim. Muito menos do vinho. Não gostei muito do chianti, para mim é acido demais. Boas surpresas foram os vinhos brancos, feitos com uvas locais: Trebbiano, Gewistraminer, Pinot Grigio, Vermentino.... Muitas vezes, ao fim da tarde, sentávamos em um bar qualquer e pedíamos um vinho branco na taça. A regra é servir o vinho produzido no local, com a varietal específica. Aí ficaram as melhores surpresas dos brancos.... Claro, lugar especial para o Barolo, o Brunello e o Amarone....



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