Foi construído num local privilegiado, numa península que avança pelo Bósforo. De muitos lugares do Topkapi tem-se vistas exuberantes desse mar.
Edifício lateral onde era o alojamento militar |
Ele foi residência real até 1839, quando novos e modernos palácios foram construídos a margem do Bósforo e a realeza mudou-se para lá.
Fila duns 40 minutos embaixo da chuva para comprar ingresso; acabei optando por um cartão que da entrada a vários museus por 72 horas. Não sei se foi a melhor escolha, fiquei muito pressionada pelas 72 horas. Antes de entrar no museu optei por entrar na cafeteria, sempre aquecida, ansiosa por uma cadeira e um lugar seco.
Depois, entrar em contato com o mundo otomano.
Parece um condomínio com muitos prédios isolados um dos outros; a sala da audiência, o alojamento dos soldados, as cozinhas e estoques, as áreas administrativas. Salas aqui e ali luxuosamente decoradas com azulejos, sofás e tapetes: mesquitas, salas de circuncisão, bibliotecas e - claro, o Harém.
No meio de tudo isso, gramados, canteiros de tulipas, árvores...... Algumas partes dos palácios não estão abertas ao público, principalmente as cozinhas com toda a sua coleção de porcelanas, panelas, travessas, fornos, utensílios em cobre.....
No alojamento da gendarmeria (adoro a sonoridade dessa palavra) as jóias são exibidas; há uma coleção interessante: as jóias que iam para Meca, para o túmulo do profeta Maomé. Houve alguma interferência inglesa (não conheço esta história) e as jóias foram devolvidas.
Sinto-me com dificuldades para falar do Topkapi.
Estive duas vezes lá e agora, olhando todas as fotos que há na internet mostrando mil e mais mil detalhes, percebo que se vai uma vida para compreender aquele lugar. Denso de história e longo de habitação, cada um dos cinquenta e tantos sultões que la viveram interferiram em sua arquitetura, seus jardins, sua decoração.
Topkapi é muito maior que o olhar de qualquer turista, nao importe com quantas fotos ele documente sua experiencia.
Topkapi é muito maior que o meu olhar.
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