sábado, 1 de março de 2014

7.1 - Turquia

A Turquia habita meus sonhos de viagens há uns 15 anos.
Era a época da virada do milênio e procurávamos o lugar exato para estar. Concluímos então que a melhor opção seria Istambul, a única cidade do mundo entre dois continentes, preferencialmente em cima da ponte sobre o Bósforo, com um pé na Europa e outro na Ásia.

Naquele tempo o real ainda se firmava como moeda e - de quando em quando  - sofria alguns acertos. Gustavo Franco, então ministro da Fazenda, faz uma mudança monetária e flexibiliza o dólar. A flutuar ao sabor do mercado........ O dólar, antes engessado, flutua para cima, é claro, desvalorizando o real nuns 30%.

A viagem dançou.

Depois, o Alexandre foi estudar na França e passava minhas férias com ele lá. O mesmo aconteceu quando ele foi viver em Belém. E a vida foi passando e as prioridades mudando..... Agora, resgato o velho projeto e parto em uma semana para três semanas na Turquia.

O roteiro é o mesmo de 15 anos atrás: Istambul, Capadócia, Konya, rota da seda até Feythine ou Marmaris, Rhodes. Pamukalle se der tempo, e - incluído recentemente - Efeso, ruínas romanas intactas.

Alexandre iria comigo e poderíamos alugar um carro a partir da Capadócia para fazermos a Rota da Seda. Com a desistência dele há uma semana atrás, farei esta parte do roteiro de ônibus. A Turquia não é um pais bilíngue, então dirigir, ler sinais de trânsito numa língua incompreensível, além de consultar rotas pelo GPS são atividades impossíveis de serem realizadas simultaneamente por uma única pessoa.

Como é hemisfério norte, é fim de inverno lá. Em Istambul a temperatura oscila entre 4 a 15 graus, com um dia de chuva. Na Anatólia, o grande planalto central da Turquia esta fazendo -1. Mala com roupas de frio!

A providência mais urgente a tomar e reservar o hotel em Istambul. Abri o site da Booking inúmeras vezes, mas o excesso de opções não me deixa decidir. No preço e local que desejo, há quase 500 opções disponíveis, pois é baixa temporada. Então, como escolher olhando apenas fotos?




Incrível, tenho 2 guias do Lonely Planet. Venho planejando essa viagem all my life.

Acabei de reservar hotel em Istambul. Como eu queria: uma velha casa de madeira de 3 andares, resquícios dos tempos do Império Otomano. 
Nome? 
Muito esquisito: Tashkonak. Fica em Sultanahmet, o centro histórico de Istambul. O preço é bom (R$ 1.000,00/ 7 diárias) e oferecem translado gratuito para o hotel. Isso é essencial, pois vou chegar as 10 horas da noite de um domingo, depois de 14 horas dentro de um avião.

Marcelo de Melo me deu uma dica formidável: mudar o roteiro para HATAY, ao sudeste, quase na fronteira com a Síria, para conhecer os mais lindos mosaicos do mundo no Museu Arqueológico de Antakya. Não sei, estou insegura; com a guerra civil na Síria, deve haver um monte de refugiados por lá. Vou ter informações mais confiáveis em Istambul e decido depois. Daí rifo a Ilha de Rhodes.

Essa é uma das melhores partes da viagem: planejar. Pesquisar, consultar e arriscar. Hoje com a internet é muito mais fácil (não que seja fácil); é preciso ter uma boa quilometragem de viagens para conseguir montar todos os detalhes. E mesmo assim, sempre tem um mico.

Conto depois qual foi, tá?

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