domingo, 16 de março de 2014

7.15 - Baloes

Voo de balão, um mico?

Pinda tem uma boa tradição em balonismo. Já sediou campeonatos, festivais e há até uma empresa "Voar de balão" na cidade. Não sei o quanto as pessoas de lá se interessam por voar de balão, mas há uns quatro anos atrás, junto com a Turma do PIC, organizamos uma viagem. Como a legitimar esta viagem, pois não tinha sentido vir de tão longe só para voar.

Balão é uma atividade importante em Goreme, implica em trabalho para um monte de turcos. Apesar de ser uma atividade cara, o preço do gáz usado para inflar o balão é alto, deve ser muito lucrativa, pois um voo custa de 80 a 150 euros por pessoa.






O turismo explodiu na Capadócia há pouco tempo, uns 15 a 20 anos talvez. Isso tem seu lado positivo pois gera desenvolvimento e fixa pessoas numa região remota e pobre da Turquia. Cada pessoa que trabalhe aqui é uma pessoa a menos em Istsmbul que pulou de 7 milhões para 17 milhões de pessoas em 10 anos. Citação do guia, a conferir.


O único senão é o meio-ambiente. Acabei de ver meia dúzia de turcos pisando num terreno recém-plantado, com as folhinhas verdes crescendo, só para fechar o balão. Me parece que em nome do lucro, tudo pode.  Pode invadir a plantação do vizinho, pode entrar com o caminhão em qualquer lugar porque é o vento que decide onde o balão vai descer...... Não sei, acho a Turquia parecida com o Brasil, em comportamento.

Mas vamos falar das emoções de estar no alto, dentro da cesta de um balão:
A subida e lenta, quase imperceptível. O barulho do gaz. sendo inflado quebra a transcendência do momento..... e instantes depois você já está alto o suficiente para ver a pequena cidade de Goreme entalhada nas pedras.

Se sobe um pouco mais, sobrevoa um platô e se fica ansiosa para saber o que vira depois. Ah, o belo Vale Rosado, visto de cima..... Mas chaminés, casas de pombo..... e a mais bela paisagem: o Museu a Céu Aberto de Goreme, Patrimônio Cultural da Humanidade, pela Unesco.






Talvez a uma criança , lá do alto, parecesse um brinquedo feito com massa modelar, como uma cidade de bruxas......




Um susto, só para ter uma história para contar: o balão vai se aproximando de uma rocha e pensei
comigo mesma:
- só para criar um clima, quando chegar bem perto, ele vai subir.
Mais perto, mais perto e o balão não subia.
Bateu na rocha, eu na frente, na cara da pedra. O cesto me protegeu, só uma contusão na mão. O balão se desequilibrou por segundos e conseguiu subir.

Por muito tempo ainda, a paz se fora.
Depois foi lentamente retornando enquanto olhava os campos arados, com as primeiras folhas de batata brotando.

3 comentários:

  1. Que susto amiga! Coisas da idade das pedras: a atração pela rocha teria sido efeito magnético de suas andanças pela Serra da Capivara.....

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  2. Uau Edna que susto realmente. Estou aqui com meu irmao e com certeza se ele ja nao queria ir antes agora entao desistiu de vez.

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  3. O problema é que não há espelho retrovisor no balão, quando se está muito baixo, o condutor não vê os limites do cesto. Mas como a velocidade e muito baixa, não há riscos maiores. Fica apenas uma história para contar.....

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