sexta-feira, 24 de maio de 2013

4.29 - Itália. Cheguei em casa e as férias na Itália sobreviverão alguns dias

Pindamonhangaba, cinco da manhã.
Ainda com o fuso horário atrapalhado aproveito estas primeiras horas da manhã para arredondar estas férias, registrar as últimas emoções. Balanço positivo, de muita aprendizagem, muita alegria, muita companhia do Alexandre. Sinto-me privilegiada de tê-lo por companhia nas muitas últimas viagens.

Foi uma longa viagem, 21 dias é bastante tempo, às vezes pensei até ser muito, mas esse sentimento era abandonado pela surpresa de uma nova cidade ou uma nova emoção. Temos como atitude ao viajar ficar restrita a pequenos territórios e - ao repetir muitas vezes o mesmo código ou o mesmo gesto - compreendê-los. Foi assim desta vez, penso que capturamos um pouco a alma toscana e os seus tempos de esplendor. Aprendemos muita história também: os séculos XV, XVI e XVII, onde as coisas aconteceram por lá.

Demos uma breve passada pela Emilia Romagna, pela Lombardia (só para saber que metade dos meus ancestrais são lombardos) e - ao cruzarmos o Rio Pó, entrarmos no Veneto onde percebemos que terremotos e inundações fazem parte do presente dessa região, onde repousa a outra metade dos meus ancestrais. Por último, chegar ao Friuli-Venezia-Giulia, nosso último destino e perceber que era uma história completamente diferente. Venezia é única no mundo, não só por sua geografia aquática mas pela sua história, pelos seus 1200 anos.

Fizemos 1300 km de carro e uma viagem de trem (voltando de Venezia para Firenze). Gastamos $ 4000 euros sem as compras! Duas pessoas entre hotéis, transporte e alimentação. Tenho a fantasia de ter um gráfico final mostrando essas porcentagens. Magare! Comemos muito e entendemos a lógica da comida italiana, muito familiar para nós, paulistas e netos de italianos. Grandes restaurantes, restaurantes comuns e alguns de emergência, para os turistas.

Vinhos!
Posso dizer que meu universo de vinhos italianos se ampliou, mas ainda há muito que se conhecer. Hoje penso que conheço quatro grandes vinhos tintos italianos: o Brunello de Montalcino, feito com a uva sangiovese, o Vino Nobile de Montepulciano, feito com as uvas Prugnolo Gentile e Canaiolo Nero, o Amarone della Valpolicella (o meu preferido), feito com as uvas corvina veronese, molinara e rondinella. Por fim, o mais icônico dos vinhso italianos: o Barollo, feito com a Nebiollo.
Claro, falta um mundo..... A descoberta mais interessante foram os vinhos do Alto-Adige, nos Alpes, ao leste. São vinhos de montanha, excelente surpresa tanto para os brancos: o Gewustraminer, tanto os tintos, especialmente os Pinot Nero.

Pizzas fininhas, de pouco recheio, com muçarelas de excelente qualidade, mais equilibradas que as brasileiras, excessivas em recheio. Outras massas, a gente já conhece todas (e nós brasileiros, inventamos muito recheio para as massas!) e os presuntos de Parma..... Trouxe um montão. Degustação de queijos Grana Padano.....

Foi uma viagem eno-turistico-gastronomica intensa.

Lição de casa: estudar e entender os etruscos. Saber sobre o saque da última Cruzada em Constantinopla para compreender Veneza.

Feliz, muito feliz.

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