Boulevard principal de Barbizon |
Rua de Barbizon com fachada de casa do século 18. |
A cidade é contornada por uma grande floresta e muitas rochas. Floresta de Fontainebleau! Foi por ali que começamos nosso passeio. Trilhas de terra entre as árvores. O clima temperado desta região da Europa não permite biodiversidade, apenas duas ou três espécies de árvores compõem a vegetação. É por isso que Robin Hood pode morar numa floresta inglesa e ali montar o seu quartel-general. É muito fácil de andar. Para quem vive com a Mata Atlântica muito próxima do cotidiano e sabe da sua impenetrabilidade pelo emaranhado das milhares de espécies que nascem juntas, encara como uma pobreza estética essas florestas e bosques da Europa, mesmo que seja a de Fontainebleau!
Trilha com rochedo na Floresta de Fontainebleau. |
Aprendi com ele a usar a função "panorama" de minha câmera de celular e isso foi muito legal. Já havia tentado em inúmeros momentos anteriores, mas hoje as fotos saíram perfeitas.
Rochas e Coníferas na trilha de Fontainebleau. |
Barbizon tem ciclos históricos: o mais palpável é o século 19, onde era um vilarejo habitado por artistas: escultores, pintores, escritores... mosaicistas.
século 19 - os franceses exibem seu passado |
História muito recente, quem era? Atiçou minha curiosidade |
Mosaico e eu, sobre as rochas de um mar ancestral |
O mesmo material e a mesma técnica usados até hoje. |
Mosaico realizado há cerca de 150 anos, exposto ao ar livre |
A única certeza que eu tive naquele momento foi que não se podia repetir ad eternum o que já fora feito 150 anos atrás. Eu precisava reciclar alguns conceitos. Tá, não sou artista, mas uso o mosaico para me expressar, como fazia antes com os tapetes. Tem emoção e criatividade. Faltam-me a técnica e alguns fundamentos de arte e desenho. Nunca os estudei. Mas isso não me transforma (ou não deve me transformar) em uma copista, que apenas cola tesselas em uma figura pré escolhida.
É longo o caminho da inquietação.
Então, meu olhos bateram em uma escultura exposta numa galeria (proibido fotografar); já havia visto uma obra semelhante três anos atrás noutra galeria em San Gemignano (por isso é preciso viajar!). Totalmente contemporânea, consistia em manequins recobertos com materiais descartados (baterias, resto de brinquedos, engrenagens,...), dando ao trabalho uma harmonia ímpar.
- É por aí, pensei. Preciso ousar...... Preciso parar de trabalhar para melhorar meu foco na arte. Ah, eterna contradição!
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