Era uma noite de céu limpo e lua crescente... Então passou o primeiro tram; os bondes elétricos e azuis que deslizam sobre trilhos, produzindo um ruído metálico e tipicamente europeu. E o silêncio voltou por mais uma hora. Nenhum passarinho se arriscava a arrepiar as penas.Fiquei a dormitar, naquele estado de sonolência feliz de quem - por um tempo - abriu mão do despertador.
Algum tempo depois - e eram 6 horas já - os sinos da Catedral de Nossa Senhora da Anunciação, distante 200 metros do nosso hotel começaram a tocar. Não eram seis badaladas como eu ouço na Matriz de Parati anunciando a hora; eram badaladas ritmadas e inúmeras, aleatórias, chamando as pessoas ao trabalho ou os fiéis para a oração.
E o dia se tornava mais claro... Desperta e ainda na cama, eu ouvia um certo barulho do tráfego, ainda esporádico e - só então - ouvi o primeiro canto de pássaros. Ainda tímido, ainda só um pouquinho. Ainda era cedo para levantar; o corpo cansado da caminhada de 11 km do dia anterior pedia mais repouso.
E dentro do quarto o dia está começando muito lentamente.
Será um bom dia.
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