13.33 - Ásia - Hanoi

Deixando Hanói agora, depois de três dias aqui. Sempre é pouco! Chove fininho, depois duma tempestade de madrugada. Junho e julho são meses de chuva aqui e a temperatura cai um pouco. Está em 26 graus agora, sete e meia da manhã.

Hanói é a capital do Vietnã; metrópole de 7.5 milhões de habitantes. Deve ter três milhões de motos! Parecem gafanhotos; ocupam todas as calçadas, todas as ruas, em todas as direções. Andam e buzinam. O tempo todo tem o barulho estridente dessas buzinas.

Motos em frente a um farol

O centro histórico, onde estou agora é da época dos franceses; sobrados de 2 ou 3 andares, muito deteriorados, com o piso totalmente ocupado por lojas. A maioria vende coisas baratas, oriundas da China. 

O centro velho é peculiar pela setorização das ruas: uma vende roupas, outra, sedãs; outra, arroz, outra, pedras preciosas..... Quando caí na rua das roupas da China , queria chorar: não acabava nunca aquela imensidão de lojas de coisas feias.

Só pobres e turistas estão por aqui, a Hanói das empresas, dos carros e condomínios de luxo, dos grandes hotéis e restaurantes, das grandes avenidas - essa eu não vi. Deve ser igual a todos os business centers do mundo.

Viaduto à saída do aeroporto, com arcos iluminados em diferentes cores

A obra é uma cooperação da Coreia do Sul, em reconhecimento ao fornecimento de mão de obra barata para suas empresas

Simbolo da modernidade do Vietnã

Há muito dinheiro aqui: Japão e Coréia são os grandes investidores pois a mão-de-obra é mais barata, então todas as companhias montaram empresas e fábricas aqui. Samsung, Toyota... e por aí vai.

Cheguei a Hanói sem planejamento algum, então fui descobrindo a cidade e sua história por instinto.  Fui ver o Mausoléu do Hô Chi Minh e seu corpo embalsamado e exposto a visitação pública. Era domingo de manhã e deveria haver umas 30 mil pessoas lá. Familias com todas as criançinhas! Só gente pobre, vestida com sua melhor roupa.

Mausoléu Hô Chi Minh, ao melhor estilo soviético

Em pleno domingo, turmas de escolares uniformizados em visita ao Mausoléu

Fiquei uma hora e meia na fila. Foi emocionante! Quanto mais conheço a história desse homem, mais ele é admirável. Claro, era militar e chefe de uma revolução, então matou e prendeu todos os opositores também. Mas, a construção da nação, a expulsão dos franceses e depois dos americanos - isto foi engenharia dele.

Hô Chi Minh em sua juventude na Europa.

E continuei descobrindo Hanói pela sua periferia: na busca dos 6 km de mosaico, vi o pedaço feio da cidade, que fica atrás do muro. Mas, o Vietnã é muito seguro, nem me assustava. Agora, as motos! Arrancavam gritos de susto naquele momento em que se estava enfrentando 4 ou 5 motos num sentido e chega uma - na contra-mão e passa por trás de você, inesperadamente.

Rua do Centro Histórico de Hanói. Pedestre algum tem chance nas calçadas.

Essa sensação de estar no meio da rua, entre carros é motos, foi se tornando muito comum para mim. Sempre assustadora!

Também descobri seu mercado noturno de fim-de-semana: uma alegria! A cidade inteira estava na rua, artistas em todas as esquinas, muitas barraquinhas de comida, lojas abertas! E as onze da noite tudo fecha.

Mercado noturno de fim-de-semana em Hanói

Meu Jantar

Restou voltar para o hotel e dormir; havia sido um longo dia.