domingo, 7 de maio de 2017

13.19 - Ásia - Chiang Mai

Quando cheguei em Chiang Mai, estava quase arrependida; poderia ter pego um voo para o sul e passado o fim de semana numa praia, afinal já tinha estado aqui há 15 anos. Não poderia estar mais enganada!

Chiang Mai é moderna, cosmopolita e muito acolhedora. É a segunda cidade da Tailândia, mas tem só 250 mil habitantes. Tem um centro histórico delimitado por um canal que forma um quadrado perfeito. Aqui, a mão de tráfico é invertida e - difícil adaptação -  eu sempre olhava para o lado errado da rua ao atravessar.

Lembrou muito o centro histórico de Paraty, com uma loja... um café... uma pousada... uma casa de massagem... Só troque as praias de lá pelas casas de massagem daqui. Prazer por onde se ande.

Dei sorte.

No final de semana acontece aqui (e quase todas as cidades da Ásia) as feiras noturnas; comida, artesanato e arte contemporânea. Muita música ao vivo. Como a da Benedito Calixto, em São Paulo. Fiquei deslumbrada. Vi trabalhos belíssimos. Um exercício de renúncia a cada barraquinha. Afinal, nem cheguei ao meio da viagem. Mas, claro, comprei algumas bugigangas.


Produto específico de Chiang Mai: sombrinhas com papel feito a partir de fibra vegetal



Luminárias desmontáveis
E o lápis-lazuli continua a me atiçar. A minha pedra preferida que - em Yangon - se apresentou como uma pulseira e um brinco e - aqui - como um anel. Não comprei nenhum. Ainda não sei se fiz a coisa certa! Sempre penso no desapego quando abro mão de algo que quero muito.

Templos? 
Muitos. Um a cada quarteirão. Elegantes, com o telhado em rabo de dragão, todos vermelhos e dourados. Vi dois. Só! Como visitar os castelos na Europa, há um momento em que todos se tornam iguais. Momento de parar e fazer outros movimentos.



Ah, num templo, um monge quis se tornar meu amigo no Facebook. Diz que é para treinar seu inglês. Já trocamos meia dúzia de mensagens. É aquele nome de cobrinhas que começou a aparecer em algumas curtidas. Vou me despedir dele agora, tou embarcando para o Laos, minha caixinha surpresa. Nada sei desse país.

Bem, esta história rendeu: algumas mensagens depois, o monge me enviou um pedido de adoçao:
- O sonho da minha vida é ser adotado por uma mãe estrangeira. Você poderia me adotar?, ele perguntou.
Em se tratando de um homem de 44 anos, não entendi nada. Respondi, perguntando o que ele entendia por adoção...

Nunca mais houve resposta.





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