sexta-feira, 5 de maio de 2017

13.17 - Ásia - Sopa de Pedra

Cheguei tarde da noite em Chiang Mai, norte da Tailândia. O avião havia ficado retido por excesso de tráfego mais de uma hora no aeroporto de Bangkok. Estava faminta! Depois do café da manhã eu tinha comido uma quiche no aeroporto de Mandalay (bizarro!) e uma banana em Bangkok.

Ansiava por um bom jantar.

Pelo TripAdvisor, escolhi um restaurante estrelado aqui pertinho. Merecia um jantar gourmet!

Caí num beco escuro como existem muitos na Tailândia, mas me sinto segura na Ásia. Então acendi a lanterna do celular e segui em frente. Loguinho, achei o restaurante.Estava fechado! Aliás, o TripAdvisor tem dado alguns furos de informação sobre o que está aberto ou fechado, sobre qualidade de restaurantes ou de locais de visitação. Pouco confiável, anotar.

E agora?

Segui até a avenida mais movimentada, ali devia achar algum. Dito e feito. Já na esquina, visualizei mesas e cadeiras na calçada no meio do quarteirão.

Era um restaurante bem simples, feito para quem mora na cidade, o que significava surpresa. Nem sabia por onde começar. O menu mostrava fotos de tipos de alimentos como: macarrão, vegetais, carne em fatias, bolinhos de carne...

vegetais usados na cozinha tailandesa

E daí?

Como entender o que significava?

Havia um pote de barro sobre um braseiro em cima de cada mesa e as pessoas estavam rindo em volta dele. Arrisquei.

Vieram 3 pratinhos de plástico: um com retângulos de cogumelos, outro com macarrão de arroz pré-cozido e outro com 2 folhinhas de acelga e um outro matinho desconhecido.

Por desconhecer o alfabeto alimentar tailandês, esta foi minha escolha.
Era tudo.

Coloquei tudo na panela de barro com caldo fervendo e... tudo desapareceu, murchou.

Meu jantar foi isso, um caldinho quente e perfumado pelas folhas de kafir e - de quando em quando - um pedacinho de vegetal. Faltaram as pedras!  Só vale para quem conhecer a história "A Sopa de Pedras" do Pedro Malasarte.


Típica sopa de pedras. A Minha!

Voltei ao hotel morrendo de fome....






Um comentário:

  1. Como assim? Guiando-se pela lanterna do celular? Pensava que era corajosa, mas nem tanto.

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