quarta-feira, 10 de maio de 2017

13.22 - Ásia - Um Brasileiro em Vientiane

Acordei tarde e sem energia alguma. Tomei remédio para dormir ontem e perdi a hora para a aula de culinária que tinha agendado.

Decidi ir conhecer o Parque Buda, a 25 km de Vientiane, numa cidadezinha à beira do Rio Mekong, que nesta região é o limite entre o Laos e a Tailândia. A recepcionista do hotel me convenceu a ir de ônibus (mais barato que o tuc-tuc); então pedi para ela escrever no idioma laosiano no mapa, o nome do ônibus.

E olha o perigo: para se chegar a rodoviária, teria de atravessar o mercado central e suas mil rendinhas, vendendo tudo: roupa chinesa de baixa qualidade, tecelagem laosiana, usada para a roupa das mulheres, comidas, frutas, ervas... e por mais surpreendente que seja, um antiquário! Não falei que era um perigo?
Vegetais expostos para venda em calçada. O barrado da saia da vendedora é típico do Laos.

Ervas desconhecidas (para mim) na calçada do mercado
Bem, depois de mostrar o mapa com o nome do ônibus a umas 10 pessoas, cheguei a uma rua lateral onde era a parada da linha 14. Todo mundo ajuda você no Laos até a senhora no ônibus mostrando quais notas de dinheiro deveria entregar para o cobrador.

E o ônibus foi margeando o Rio Mekong que ora aparecia, ora se ocultava atrás duma construção... Daí um desvio surpresa: era a alfândega para cruzar para a Tailândia. Todo mundo desceu do ônibus. Será que fazer compras lá é mais barato? Aqui também há uma Ponte da Amizade entre os dois países.

Rio Mekong entre Laos e Tailândia. Na margem oposta, cidade da Tailândia
Edifício da Alfandega na fronteira entre Laos e Tailândia
O Parque Buda começou a ser construído em 1958 por um filósofo Bunleva Sulilat. O parque contempla algumas dezenas de estátuas em concreto que mostram uma visão religiosa muito peculiar de seu organizador: um sincretismo entre o budismo e o hinduísmo.






Não é fácil compreender a representação de Buda-Shiva. E por aí vai. É muito interessante como depoimento da criatividade humana. Não sei como se trabalha para modelar uma estátua em concreto. Imagino que se faz um molde (suponho que em argila) e depois se despeja o concreto molhado... Não deve ser uma técnica fácil e as figuras mostravam um detalhamento muito elaborado.

E, na volta, no mercado central, parei no antiquário e me dei um presente: a Deusa Guamnyn,  que no budismo chinês representa a Deusa da Gratidão! E gratidão é um sentimento permanente nesta viagem.


E o chefe da churrascaria é um brasileiro: Esequiel Kelsse. 


Veio de João Pessoa e está há 3 anos na Ásia. Trabalhou aqui, foi pro Cambodja e agora voltou para cá. Vida dura, trabalha os dois horários todos os dias. Das 11 da manhã às 11 da noite!  Ganha bem, mais que o dobro do chef do Bartholomeu. Namora em tailandês, que é uma língua que as garotas daqui entendem. Mas elas reclamam: querem um namoro mais comportado, sem tanta pegação. Imagina se Esequiel vai querer isso!


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