Pense no Rio de Janeiro. Pense na Pedra da Gávea, no Morro Dois Irmãos, no Pão de Açúcar. Pense na Baía da Guanabara.
Amplie seus horizontes. Mais e mais.
Agora coloque no entorno dessa baía ampliada, centenas de rochedos, de pedras, de maciços que emergiram do mar, em algum movimento de placas tectônicas ao longo da evolução da Terra. Agora, salpique no meio dessa baía centenas de ilhas-rochedo. Paredões de pedra à mostra. Vegetação onde dá! Poucas aves, não sei porque. Tudo isso em meio a uma água verdinha e calma.
Desenhou seu cenário?
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| Baía de Ha Long |
Isto é Baía Ha Long, a 100 km de Hanói. Dá para ir e voltar no mesmo dia, mas o melhor mesmo é comprar em Hanói um cruzeiro de dois dias, por 100 dólares por pessoa, inclusive transporte incluído. Há preços maiores ou menores dependendo da qualidade do serviço. Acho que este ficava na linha média.
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| Eu no deck do navio Imperial Cruise |
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| Um dos canais em que se divide e se multiplicam a Baía de Ha Long |
Tive o privilégio de ficar num quarto sozinha, no lado de navegação mais perto dos rochedos. Então as janelas eram moldura para uma paisagem infinita e erótica. Tomar banho olhando tudo aquilo, Deus meu!
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| Janela do meu quarto - puro privilégio! |
Ou ficar estendida no deck enquanto toda a paisagem se movia lentamente, exibida, no centro do palco, ora em ilhas, ora em canais, ora em penhascos de formas bizarras.
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| Era a paisagem ou o navio que se movia? |
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| Dois Irmãos? |
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| Panorâmica |
Nadar naquelas águas, tomar chuva naquelas águas e não ver o sol se por no mar, tingindo tudo, porque o tempo estava carregado de nuvens escuras.
Dormir ouvindo vietnamita cantar karaokê (juro que não reclamei, nem mesmo baixinho) para depois acordar e saber que o Paraíso continuava ali.
A tarde voltar para Hanói e, mala na mão, buscar o desconhecido de novo. Mal sabia que ia brigar com a agencia de viagens por fazer coisas pela metade....
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