sexta-feira, 19 de maio de 2017

13.28 - Ásia - Templos de Angkor

Foram 2 dias e 15 km para percorrer alguns Templos de Angkor e essa distância foi apenas andando dentro dos templos, pois um tuc-tuc me levava dum templo ao outro. Poderia ficar uma semana ou um mês, Angkor é infindável.

Tayhor, seu tuc-tuc e seu capacete prateado num dos caminhos de Angkor.
Angkor é um Parque Nacional imenso. A 10 metros acima do mar, é cheio de lagos, rios, açudes e fossos além da mata tropical com árvores imensas. Bem cuidado, com as rotas internas asfaltadas e pouco lixo: uma ou outra garrafa que escapou... Muito diferente de Siem Reap, onde há lixo abundante.

É caro visitar Angkor; o ingresso para 3 dias custa 62 dólares, o tuc-tuc 15 ou 18 dólares ao dia, dependendo do roteiro.

Ingresso personalizado para os Templos de Angkor. Exigido à entrada de cada templo.

Milhões de barraquinhas vendem água, refrigerantes, água de coco, frutas descascadas e algumas bugigangas para comer. Outro tanto vendem roupas e souvenirs. O assédio dos vendedores é intenso.

Foto Aérea de Angkor Wat

É um lugar religioso e sagrado, não duvide disto. Construído nos primeiros anos do milênio passado, quando o Império Khmer estava sobre influência direta da Índia, foi todo dedicado aos deuses hindus. No meio do caminho, os reis mudaram de religião (sempre por influência das esposas!) e se tornaram budistas. Então alguns Budas foram incorporados ao estatuário. 

Apsaras - divindade feminina do Hinduísmo

Baixo relevo decorando Angkor Wat

Buda - ou o que sobrou dele em Angkor Wat
Angkor foi construída para ser a Morada dos Deuses (talvez como monumento funerário de alguns reis também, embora nenhuma ossada tenha sido encontrada), não para a celebração de rituais, por isso suas portas estreitas e escondidas.
 
A maioria das imagens foram roubadas durante a Segunda Guerra Mundial, me parece. Muitas voltaram, mas a maioria está nas mãos de colecionadores privados na América e Europa. Hoje é proibido que antiguidades saiam do Camboja mas, num dos governos mais corruptos da Ásia, ainda pode tudo.

Estou escrevendo na maior ansiedade, o Brasil deve estar acordando agora em meio a uma crise que desmontou o governo Temer, com a divulgação de gravação do grupo JBS. Ainda bem! Será que o Temer renuncia? Este era o bordão que corria durante a minha madrugada.

Minha primeira associação sensorial de Angkor foi com Machu Picchu. Não sei se são contemporâneas, mas são duas cidades perdidas, muito tempo esquecidas, construídas para glorificar o Sagrado.

Templo Pre Rup





Ontem percorri templos periféricos, muitas vezes sendo a única pessoa neles. No templo de Mebon, levitei! Uma sensação maravilhosa, entrar num raro universo de energia especial, onde a vibração não se faz pelo Consciente.





À exceção de alguns templos em tijolos, a maioria é construída de blocos de arenito empilhados um sobre os outros, sem argamassa. O material foi trazido por elefantes duma pedreira a 60 km daqui. O arenito permite entalhes e isso é um dos pontos fortes de Angkor. São muito abundantes e refinados. Há que saber interpretá-los. 











O Templo de Bayon tem as paredes externas cobertas com baixo-relevos históricos e vi um guia contando o significado de cada detalhe das figuras.





Por fim, os 2 templos que mais me tocaram: o Angkor Wat com suas 3 torres que faziam parte do meu imaginário há muito tempo e também pelo seu significado histórico e - Tá Prohm, onde raizes elefantinas destruíram quase tudo.









Impressionante!!!

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