Decidi ir conhecer o Parque Buda, a 25 km de Vientiane, numa cidadezinha à beira do Rio Mekong, que nesta região é o limite entre o Laos e a Tailândia. A recepcionista do hotel me convenceu a ir de ônibus (mais barato que o tuc-tuc); então pedi para ela escrever no idioma laosiano no mapa, o nome do ônibus.
E olha o perigo: para se chegar a rodoviária, teria de atravessar o mercado central e suas mil rendinhas, vendendo tudo: roupa chinesa de baixa qualidade, tecelagem laosiana, usada para a roupa das mulheres, comidas, frutas, ervas... e por mais surpreendente que seja, um antiquário! Não falei que era um perigo?
Vegetais expostos para venda em calçada. O barrado da saia da vendedora é típico do Laos. |
Ervas desconhecidas (para mim) na calçada do mercado |
Bem, depois de mostrar o mapa com o nome do ônibus a umas 10 pessoas, cheguei a uma rua lateral onde era a parada da linha 14. Todo mundo ajuda você no Laos até a senhora no ônibus mostrando quais notas de dinheiro deveria entregar para o cobrador.
E o ônibus foi margeando o Rio Mekong que ora aparecia, ora se ocultava atrás duma construção... Daí um desvio surpresa: era a alfândega para cruzar para a Tailândia. Todo mundo desceu do ônibus. Será que fazer compras lá é mais barato? Aqui também há uma Ponte da Amizade entre os dois países.
Rio Mekong entre Laos e Tailândia. Na margem oposta, cidade da Tailândia |
Edifício da Alfandega na fronteira entre Laos e Tailândia |
Não é fácil compreender a representação de Buda-Shiva. E por aí vai. É muito interessante como depoimento da criatividade humana. Não sei como se trabalha para modelar uma estátua em concreto. Imagino que se faz um molde (suponho que em argila) e depois se despeja o concreto molhado... Não deve ser uma técnica fácil e as figuras mostravam um detalhamento muito elaborado.
E, na volta, no mercado central, parei no antiquário e me dei um presente: a Deusa Guamnyn, que no budismo chinês representa a Deusa da Gratidão! E gratidão é um sentimento permanente nesta viagem.
E o chefe da churrascaria é um brasileiro: Esequiel Kelsse.
Veio de João Pessoa e está há 3 anos na Ásia. Trabalhou aqui, foi pro Cambodja e agora voltou para cá. Vida dura, trabalha os dois horários todos os dias. Das 11 da manhã às 11 da noite! Ganha bem, mais que o dobro do chef do Bartholomeu. Namora em tailandês, que é uma língua que as garotas daqui entendem. Mas elas reclamam: querem um namoro mais comportado, sem tanta pegação. Imagina se Esequiel vai querer isso!
Veio de João Pessoa e está há 3 anos na Ásia. Trabalhou aqui, foi pro Cambodja e agora voltou para cá. Vida dura, trabalha os dois horários todos os dias. Das 11 da manhã às 11 da noite! Ganha bem, mais que o dobro do chef do Bartholomeu. Namora em tailandês, que é uma língua que as garotas daqui entendem. Mas elas reclamam: querem um namoro mais comportado, sem tanta pegação. Imagina se Esequiel vai querer isso!
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