Nesse novo Brasil, nesse novo Nordeste pós Lula, pós bolsa-família, a miséria aquela tragedia retratada na literatura por José Lins do Rego, por Guimarães Rosa e, principalmente, Graciliano Ramos não existe mais.
Aqui em São Raimundo Nonato há um plus a mais: o Parque. Com 20 anos de existência e tendo como estratégia de preservação, o desenvolvimento das comunidades do entorno, trouxe uma vida econômica impensável antes dele.
Junto com o Parque, vieram pesquisadores internacionais, duas Universidades públicas, uma federal (Universidade do Vale do São Francisco) e outra estadual (Universidade Estadual do Piauí). Vai se criando na cidade um saber erudito relacionado às atividades arqueológicas e paleontológicas.
A cidade se transformou visceralmente nestes anos.
Prova disso são as motos. Muito, mas muito mais numerosas que carros, faz com que os palácios das concessionárias sejam da Honda e da Yamaha.
Aqui os motociclistas são descuidados, velozes e sem-lei; provocam grande número de acidentes. Poucos usam capacete e é normal ver uma família - o homem na frente, a criança no meio e a mulher, atrás sem nenhuma proteção. Acreditam na sorte e na habilidade...
Minha guia, que também é recepcionista do hospital me assusta com as estatísticas de morte de jovens por acidentes de moto.
Estou tentando entrar no site do IBGE para confirmá-las. Quando conseguir, posto aqui.
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