Blog de viagens destinado a relatar em uma viagem o olhar de fora, do estranho. Meu olhar, minhas impressões e emoções, as histórias e a história dos locais.
quarta-feira, 23 de março de 2011
Vale de Casablanca: a terra dos vinhos brancos!
Entre Santiago e a costa do Pacífico há um vale entre a Cordilheira dos Andes e a Cordilheira Costal, conhecido como o Vale de Casablanca, já que a cidade dominante é Casablanca (nada ver com a Casablanca, de Marrocos, imortalizada no filme de Humphrey Bogart e Ingrid Bergman, nos anos 50!). É um vale pequeno: muito menor que o nosso Vale do Paraíba. Pois bem, aqui se concentram as terras mais férteis do Chile, com hectares e hectares de vinhedos e frutas (pêssegos e ameixas).
São vinhedos de chardonnay, sauvignon blanc e pinot noir, as varietais que melhor se adaptaram aqui, devido ao clima mais fresco, provocado pelos ventos do Pacífico. São vinhedos de alta tecnologia, com irrigação controlada por gotejamento, ausência de inseticidas e (muito) capital estrangeiro associado aos produtores chilenos. Há algumas viñas belíssimas à beira da estrada e facílimas de se visitar: basta parar o carro e entrar.
Aprendemos uma coisa: toda viña, e isso vale para a Argentina e Brasil tem 3 tipos de vinhos: o básico, o intermediário (premium) e o top de linha, mais complexos, produzidos com uvas de maior qualidade e em quantidades muito menores. Aqui, dentro do vinhedo, consegue-se compreender a diferença de preços entre diferentes vinhos. O Chile só exporta vinhos básicos, onde ele é competitivo no binomio qualidade-preço. Então, os grandes vinhos chilenos são de consumo interno, não os tomaremos jamais, a não ser que venhamos aqui e paguemos por eles.
Adotamos a seguinte regra para nossas degustações: fazemo-la dos vinhos premiuns, já que os top nunca estão disponíveis para isso e - se o preço for factível, compramos o vinho top. Então, estamos levando para casa uma pequena de selecão de vinhos "para as grandes ocasiões".
Do Vale de Casablanca, visitamos as vinícolas Casas del Bosque, Indomita, Morandé e Veromonte. A Morandé é belíssima: tem um restaurante anexo, com um grande terraço entre gramados e vinhedos e sua degustação foi a melhor de todas. O desejo era passar a tarde toda ali, naquela paisagem diluída no intenso azul do céu e a brisa do Pacífico.
Empapuçados de tanto vinho, chegamos a Vinã del Mar, a cuidad jardin, para almoçarmos num terraço defronte ao Pacífico, embaixo das gaivotas e pelicanos.
Atravessamos o continente inteiro, do Atlântico ao Pacífico; 4225 km!!!!!
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