terça-feira, 15 de março de 2011

1.6 - No hay nada en las rutas argentinas!

O começo da viagem pela argentina teve alguns percalços: primeiro, o abastecimento do carro. Não havia benzina no posto ao lado da estrada o que nos fez voltar até Puerto Iguassu e procurar um posto dentro da cidade.

Segundo, não aceitavam cartão de crédito no posto de combustível, então fizemos o nosso primeiro cambio no BANCO de la NACION, o banco oficial argentino. Com dinheiro na mão e - supermercado ao lado, algumas comprinhas básicas para enfrentar a estrada. Perdemos uma hora com essas atividades não programadas.

Agora é andar e andar.  
Atravessamos a Argentina de norte a sul, por 3 províncias  Missiones, Corrientes e Entrerios neste primeiro dia. Foram 800 km rodados do meio-dia até às 9 da noite. Pasmen: uma única reta!!!!!!!


A Argentina é um país plano, o horizonte a perder de vista. Em dois terços desta estrada não havia paisagem para se ver. Pouco tráfego, estrada de mão dupla, bem sinalizada. Nessas retas, ultrapassar foi moleza!
Nenhum posto de gasolina, nenhuma lanchonete ou borracharia. Saudades das estradas do Brasil e das prazerosas paradas a cada 2 ou 3 horas para esticar as pernas e um café expresso. 



Nosso carro (uma Pajero vermelha) chama a atenção, principalmente da gendarmeria (policiais). Fomos parados algumas vezes. Apesar do rótulo de polícia corrupta a extorquir dinheiro, nenhum incidente até agora: abrimos uma pasta  e vamos tirando um monte de papéis e eles se acalmam.

Lá pelas cinco da tarde, com a fome chegando encontramos um pequeno bar que nos vendeu empanadas e coca-cola. Muito simples, quase frugal e continuamos a viagem enquanto o sol se deitava no horizonte e nós sem perspectiva de chegar a lugar algum.

Viajamos num retângulo aquático: em cima, o Rio Iguaçu, o Rio Paraná corre na fronteira com o Uruguai e o Rio Uruguay, corre na fronteira com o Brasil. Daqui a pouco os dois vão se juntar, formar o Rio da Prata e inventar Buenos Aires. Mas essa é outra história......

Dia se findando e o nosso primeiro destino, Santa Fé, começava a se mostrar impossível  Consultamos o mapa, em papel, pois não tínhamos GPS e verificamos ser factível chegarmos até Federal, talvez na divisa ou um pouco abaixo de Uruguaiana no Rio Grande do Sul. Sempre viajamos muito perto da fronteira com o Brasil, várias cidades desse caminho se geminam com brasileiras, quando uma ponte liga as duas margens do rio, as duas margens de culturas tão diferentes.

Deu para saber que as estradas argentinas são:
1. retas, incrivelmente retas.
2. não têm acostamento asfaltado, ele é coberto de capim e - se este não estiver cortado - fica difícil de parar.
3.há uma lei que obriga a usar faróis acesos, mesmo durante o dia; céus, é a melhor coisa, pois se consegue ter uma perspectiva - através dos faróis - da distância do carro em sentido contrário.
4. são todas pistas simples, mesmo nas de maior tráfego e - na maioria delas - o asfalto é ruim. Apesar do limite de velocidade ser 110 km/hora, o argentino é um transgressor. Nós também!!!!
5. Há um código de ultrapassagem invertido para nós: aqui (Argentina), luz traseira piscando no lado esquerdo significa permissão para ultrapassar.
6. Não há papel higiênico nos banheiros à beira da estrada; damas, se preparem!
7. muitos passarinhos em vôos rasantes a nossa frente. Ninhos nas torres de transmissão de energia, alguns om dois andares.
8. se alguém for empreendedor, montar um posto de gasolina tipo "Frango Assado", que tem de tudo, faria o maior sucesso. Os postos aqui são muito acanhados.
9. metade dos carros que trafegam nelas são velhos e decaídos.

Isso foi a estrada hoje; a traseira do carro estava mais para escritório/cozinha que carro. Tudo a mão no banco de trás.
Voilá!!!!!!



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