A partir de Cruzeiro, iniciamos a subida da Serra da Mantiqueira. Bela estrada! Picos agudos, talvez por volta de 2 mil metros.... Curvas, muitas curvas a dirigir a 70 km por hora.
Beatriz, minha companheira de viagem, é ótima na direção; segura. Paramos em Passa Quatro e foi a minha primeira confusão: na viagem de dezembro tinha certeza que estivemos em Pouso Alto. Por isso a opção de conhecer Passa Quatro. Qual o quê!
Sempre paramos em Passa Quatro!
Café expresso para finalizar a parada de conhecer a igreja de paredes nuas e santo indefinido no altar (Cláudia, onde está você que conhece, ora e é amiga de todos os santos?) e depois seguir viagem.
Abandonávamos as Terras Altas da Mantiqueira e seguíamos para o Circuito das Águas: 4 cidades com águas medicinais: Lambari, Cambuquira, Caxambu e São Lourenço. Nestes tempos de medicina tecnológica curar-se em águas medicinais tornou-se obsoleto. Os balneários se esvaziaram e as cidades se tornaram decadentes.
Paramos para almoçar em Caxambu; esperávamos encontrar uma velha senhora refinada enfeitada com colar de pérolas. Nada disso! A cidade cheira bosta de cavalo das charretes que levam os turistas. O balneário era caro ( R$ 80,00 por uma massagem de meia-hora), mal cuidado e cheio de ambulantes vendendo panos de prato kitsch na entrada.
Hora de mudar de calçada.
Resistindo à decadência, com a silhueta de sua elegante torre mourisca contrastando com o azul cobalto do céu, o Hotel Glória se mantém impávido. Construído na década de 50, do século passado, para ser um cassino, ainda hoje mantém certo refinamento. Tapetes persas, poltronas com design preenchem salões e varandas construídos em estilo espanhol. O público hoje é basicamente o de Terceira Idade fazendo turismo rodoviário em ônibus imensos. Foi-se o tempo que casais em lua-de-mel, apaixonados e sorridentes preenchiam seus salões.
Nenhum comentário:
Postar um comentário