sábado, 27 de dezembro de 2014

10.1 - Patagônia. Aerolineas Argentinas

Aerolineas Argentinas é o mais fácil caminho para se chegar à Patagônia, partindo de São Paulo, no meu caso, do aeroporto de Guarulhos. Mas não deve ser o mais pontual, para mim, não foi.

Tenho uma história dramática com essa companhia.

Ano de dois mil e qualquer coisa; Alexandre voltava da Tailândia; passagem de um ano. Ele tinha 17 anos e viajava sozinho. Localizei-me no tempo: era 2001. Pois bem, a companhia faliu naquela semana e todos os seus aviões ficaram retidos e estacionados nos aeroportos argentinos, todos os vôos cancelados. 
Alexandre só descobriu isso em Sidney, na Austrália, na metade do caminho. A Qantas - australiana - que fazia o vôo compartilhado não assumiu o problema e empurrou para a agencia de viagens aqui no Brasil. Ela também lavou as mãos...
Ficamos uma semana brigando com um monte de gente, no tempo que a internet nem era tão eficiente assim, usando telefone e nao conseguimos nada. Foi necessário comprar uma nova passagem e ninguém assumiu o ônus. 

Ano seguinte, a Aerolineas foi comprada pelo grupo espanhol Marsans e - em junho de 2008, estatizada no governo de Cristina Kirchner. 

Vista aérea do Aeroparque margeado pelo Rio da Prata
Nossa conexão em Buenos Aires ocorreu no aeroporto Aeroparque, no centro da cidade, em frente ao rio da Prata. Equivalente ao aeroporto de Congonhas, é um aeroporto antigo, mas foi reformado recentemente e está razoavelmente equipado, limpo e sua fachada de vidro faz moldura ao rio. Dá uma boa impressão Tudo rápido, sem filas como as boas conexões devem ser.

Mas o voo para Ushuaia atrasou em 20 minutos. Já havia atrasado mais de meia hora no Brasil. Por fim embarcamos para uma viagem de 3,5 horas, rumo a cidade mais austral do planeta. Voamos pela costa atlântica, com a linha de terra à direita. Imenso azul! Avião cheio, poucos brasileiros, meia-dúzia no máximo. Americanos, franceses, ingleses, chineses, suecos, italianos e os próprios argentinos. 
Vista da costa argentina pela janela do avião.
Réveillon aqui deve ser um ritual, penso eu. Ninguém faz tão longa viagem por nada. Há de haver uma energia muito especial neste local. A conferir nos próximos dias. Agora é desfrutar!

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