quinta-feira, 6 de setembro de 2012

2.9 - Bodódromo

Nao gosto desse nome assim como nao gosto de apagão, Mineirão e algumas palavras que ficam com sonoridade áspera quando se juntam sufixos como ÃO e DROMO..... Considerações à parte, vamos ao lugar:
As cabras são muito bem adaptadas no semi-árido e o Nordeste tem mais cabras que a França. Qualquer hora encontro essa estatística de Globo Rural. Daí que comê-las ou a seu queijo faz parte da gastronomia nordestina.
Acontece que nós, paulistas, chamamos o macho de cabrito e - os nordestinos - de bode. Semântica apenas, para falarmos do mesmo animal. Nas cantinas italianas de São Paulo se come cabrito ensopado no vinho; aqui se come bode assado.
Mania local, construíram o tal Bodódromo, símbolo da identidade pernambucana. Sucesso total! 8 restaurantes acomodados em L, com espaço para estacionamento no L contrário. A maioria é apenas um galpão aberto e a maior parte das mesas fica do lado externo. Lembrar que nessa cidade chove quase nunca.
Musica ao vivo no mais genuíno forró: sanfona, triângulo e bumbo.
Comida variada e metade dos pratos são baseados no bode servido assado em seus mais diversos cortes: pernil, paleta, lombo. Pedi errado e fui servida num churrasco com os piores pedaços do animal: carne seca e dura. Hoje vou pedir com mais propriedade!
O que acompanha a carne?
Arroz, feijao de corda com farinha e coentro, pirão de leite, pirão de bode, macaxeira cozida, vinagrete. Por curiosidade, pedi paçoca de bode (carne assada triturada com farinha de mandioca). Ventava muito e foi um desafio compartilhar (verbo do garçom) a iguaria com o vento.
A carta de vinhos locais era pobre (o vinho  produzido nessa terra há apenas 10 anos não entrou na cultura gastronomica local) e direcionada ao público local que gosta de vinhos doces. Santo sacrilégio!!!!!!
Ah, na frente de cada restaurante - à guisa de decoração - um casal de animais esculpidos em cimento.

A carta de vinhos era

Nenhum comentário:

Postar um comentário