Dalcahue.
Ilha de Chiloé.
Andando atrás das Igrejas tombadas pela UNESCO como Patrimônio da Humanidade, chegamos à Dalcahue lá pelas duas da tarde. Cidade bucólica, pequena e quieta. Da praça central, a Igreja em madeira e sem pintura. Na parede lateral, logo na entrada uma pintura em madeira com o Cristo no centro e nos 4 vórtices, 4 figuras da mitologia Chilote: El Traico, La Pincoya e dois outros que não identifiquei.....
Na saída,a vista do mar. Não bem do mar, mas de um dos inúmeros canais que recortam o litoral da Ilha; paisagem deslumbrante: a rua em primeiro plano, o mar e lá na frente, um fiorde de uma ilha (seria Quinchao?)com sua vegetação plena de flores amarelas.
No mar, muitas fazendas de mariscos. À nossa esquerda deparamos com uma construção de madeira simples e muito usada. 4 degraus e damos em uma varanda com uma mesa defronte ao mar e cadeiras enferrujadas. Dois pontos comerciais: uma pequena mercearia e um restaurante.
Na mercearia (e eu me lembro novamente da Romênia) algumas batatas, cebolas brotando, tomates, algas secas e - num canto - 3 sacos empilhados de mariscos vivos de diferentes espécies,mexendo seu corpo gelatinoso para nós. Na porta do restaurante uma placa com meia dúzia de pratos, todos à base de peixes ou frutos do mar.
Salivei de contentamento frente a tantas iguarias enquanto Cláudia, num sentimento oposto, só queria um caldo de legumes (que não existia).
Veio um caldo perfumado de mariscos variados e um vinho de baixíssima qualidade,o vinho dos pescadores locais.
Só muitas horas depois me dei conta do desastre que não aconteceu; mesmo um caldo típico, com temperos locais, gordura, peixes e mariscos passou incólume pelo nosso aparelho digestivo.
E viva o preconceito que insiste em nos acompanhar!
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