Em Chiloe, durante os séculos 18 e 19 foram construídas pela colonização jesuítica muitas igrejas (cerca de 150, segundo a Wikipedia); de todas sobraram 16, construídas em madeira, segundo uma técnica única de carpintaria: a Escola Chilote de Carpintaria, cuja especificidade são os encaixes, sem uso de pregos.
Tento citar os 16 lugares, o que não é uma informação fácil.
Vamos lá:
1- Castro
2- Dalcahue
3- Achao ou Anchao
4- Ichuac
5- Nercon
6- Caguach
7- Chouchi
8- Colo
9- Tenaun
10- San Juan
11- Rilán
12-
13-
14-
15-
16-
Destas, duas estão em restauração: Rilán e xxxxx. Há uma entidade não governamental, Amigos das Igrejas de Chiloé que gerencia este patrimônio. Há muito dinheiro do Governo do Chile envolvido. Não vi nada parecido com o sistema de financiamento existente no Brasil para isso: a Lei Rouannet, onde uma empresa financia obras culturais à custa do abatimento de impostos.
Há também uma preocupação com a técnica de carpintaria secular, que com o fim das florestas da Ilha, também desaparece a mão-de-obra que dela se ocupava. Hoje os Amigos das Igrejas de Chiloé está abrindo em Ancud (nem tenho certeza) uma escola para carpinteiros, especializada na carpintaria chilote.
Me impressionou muito a altura das igrejas, a sustentaçao de seus pilares e, principalmente os arcos que ligam as colunas que sustentam os tetos.Para quem já viu as grandes catedrais góticas da Europa, sabe do que estou falando...... Transpor tudo isso para construçao em madeira constitui um saber único.
Mais importante que ser um Patrimonio Arquitetônico da Humanidade, é ser um Patrimônio Vivo da Humanidade, isto é, elas continuam até os dias atuais com as mesmas funções a que foram construídas: locais de culto e de fé!
Nenhum comentário:
Postar um comentário