quinta-feira, 1 de janeiro de 2015

10.9 - Patagonia. Comecamos a partir.

Primeiro de janeiro de 2015.
Depois de um ceia memorável no Kaupé ontem à noite, quando o vinho correu livre e as taças não ficaram vazias, acordei me arrastando para ir ao aeroporto. O corpo pedia cama e água. Não podia. Chegar duas horas num aeroporto onde um único avião vai decolar é estúpido, mas estávamos sob as regras de All Patagonia, a agencia que cuida da nossa viagem aqui. Nada a fazer.

Uma hora de voo e chegamos a El Calafate, uma cidade de 12 mil habitantes aos pés da cordilheira onde condições geológicas únicas criaram um parque de glaciares que viemos a conhecer.




Cidade plana em meio à estepe patagônica, onde ventos constantes, ausência de chuvas e baixas temperaturas a transformam num quase deserto, sem vegetação. Apenas alguns tufos de plantas cinza e amarelas crescem a 30 cm do solo.

Um erro da agencia nos deixa num luxuoso hotel no alto da montanha, donde se via todo o povoado e propriedade de Cristina Kirchner, a presidente. Era engano. Resolvidas as dúvidas, chegamos uma hora depois ao nosso hotel, o Patagonia Parque Hotel, bem no centro da cidade, com um quarto agradável de janelas para a rua, o que significa luz natural entrando o tempo todo.

A cidade tem uma rua onde tudo acontece: restaurantes, lojinhas e agencias de turismo. Duas ruas depois, chegamos à Laguna Nimes, donde se pode ver o Lago Argentino, o maior do país, me parece, com 60 km de comprimento.

Visitamos o Museu de História Natural, a nos falar dos dinossauros que viveram aqui na Patagônia. ¡Imagine que chegaram a encontrar um ninho deles, cheio de ovos! Havia também uma sala dedicada aos índios Anakaran, grandes tecelões e quase extintos (hoje só restam 100), outra à revolta de 1922 quando 1500 civis, que trabalhavam no manejo de ovelhas foram fuzilados na Estancia Santa Anita. O comercio internacional de lã de ovelha entrou em colapso com o fim da Primeira Guerra Mundial o que gerou a falência da economia local e pano de fundo desta revolta.

Voltamos para o hotel por outro caminho e encaramos um luxuoso club de golf. Coisas que nos surpreendem sempre que colocamos o pe fora de casa. No dia seguinte soubemos que tal club fica ao lado da casa da presidente da república. Dizem as fofocas que ela , natural de El Calafate, e dona de metade dos hotéis de luxo daqui. Pode ser...

Bem, o que me surpreendeu mesmo foram as rosas de El Calafate. Imensas, floridas, muitas cores, sempre em grande quantidade, criando o clima de verão em local frio. Muito especial.










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