domingo, 4 de janeiro de 2015

10.13 - Patagônia. Gastronomia Argentina

Sempre se come muito bem na Argentina. Quando o cambio peso-real é favorável aos brasileiros uma horda deles, principalmente paulistanos, "dá um pulo" até Buenos Aires para apreciar um bom bife de chorizo acompanhado de um malbec.

Fiz isso um par de vezes e nunca me arrependo. Mais que isso , já percorremos, Alexandre e eu, a Argentina inteira atrás da melhor "morcilla". Ironicamente fomos encontrá-la no Mercado Central de Montevideo.

Dessa vez, na Patagônia, não foi diferente: onde e o que comer?

De cara, no primeiro dia, em Ushuaia, encontramos o Restaurante La Rueda. E foi uma festa! Oferecia um menu fixo a R$ 70,00 (feita a conversão 4:1) e além de um bufê de saladas, onde se destacava uma de grandes favas brancas, como feijões, misturadas à berinjela. Os vegetarianos parariam por aí, mas fomos adiantem rumo ao grande assador, o braseiro circular, onde as carnes lentamente assam. 

O "cordero patagônico", ali no lugar onde ele é criado e morto aos 3 meses, em seu próprio terroir, é o carro chefe, é claro. Melhor, impossível. 


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Cordero Patagonico en La Rueda

Foi o grande encontro, buscado desde Paraty, passando por São Paulo e Buenos Aires. Foi ali, num restaurante do fim do mundo onde ele se expressou de maneira magnífica.


Centolla Gratinada

Cazuela de Mariscos


Mas Ushuaia é beira-mar, além de ser um porto internacional, certo? Então, a centolla e o salmão são iguarias locais. E foi num restaurante na Avenida Maipu, a avenida beira-mar , chamado Restaurante Tia Elvira que a centolla, cozida e desfiada, servida com molho Golf, uma estupidez de catchup e maionese, apareceu soberba. Claro, esqueça o molho e peça maionese simples.
El Assador Circular
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Na noite de Reveillon, no Restaurante Kaupé, nos foi apresentadao o ceviche de vieiras, como entrada. Perfeito, poderíamos ter ficado apenas nele a noite toda.


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Peixe embrulhado em massa, no menu de Reveillon no Kaupé


Em El Calafate, a horda de turistas, tal como gafanhotos devorou tudo, mas ainda houve tempo para apreciar, no Restaurante Casablanca, as empanadas de cordeiro, feitas com carne cortada à faca e não, carne moída.


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Empanadas de cordero, no Casablanca

 De sobremesa, por supuesto, dulce de leche, sempre, em todos os restaurantes. Interessante, que o doce de leite sozinho, não é muito valorizado. Ele vinha acompanhado de batatas doces caramelizadas ou então, disfarçado num pudim. Bobagem! O que conta sempre é a essência.

Os vinhos, optamos,na maioria das vezes pelas bodegas da Patagônia  a Bodega del Fin del Mundo, a Newquén, e a NPC. Estranhamente, a melhor uva da região, a pinot noir, era rara de ser encontrada, mas achamos um bom blend syrah-malbec, chamado Postales, da Bodega del Fin del Mundo.




Para as centollas, esnobamos. Tomamos o chardonnay Angelica, da Catena Zapata, que no Brasil é impensável pelo custo. No reveillon, tomamos vinhos da Bodega Rutini. Torce o nariz para os chardonnays de Mendoza, mas pela fartura ( e como foi farto!), ao final nem importava mais. Tentei lembrar do tinto, mas mesmo vendo a site da Rutini, nenhum me pareceu familiar.


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En El Calafate encontrei, numa loja especializada em vinhos uma preciosidade a peso de ouro: um pinot noir, de uma pequena vinicola da região, dum lote de apenas 2.000 garrafas, assinadas à mão. Vinho digno para celebrar meu aniversário daqui a pouco.

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