Fiz isso um par de vezes e nunca me arrependo. Mais que isso , já percorremos, Alexandre e eu, a Argentina inteira atrás da melhor "morcilla". Ironicamente fomos encontrá-la no Mercado Central de Montevideo.
Dessa vez, na Patagônia, não foi diferente: onde e o que comer?
De cara, no primeiro dia, em Ushuaia, encontramos o Restaurante La Rueda. E foi uma festa! Oferecia um menu fixo a R$ 70,00 (feita a conversão 4:1) e além de um bufê de saladas, onde se destacava uma de grandes favas brancas, como feijões, misturadas à berinjela. Os vegetarianos parariam por aí, mas fomos adiantem rumo ao grande assador, o braseiro circular, onde as carnes lentamente assam.
O "cordero patagônico", ali no lugar onde ele é criado e morto aos 3 meses, em seu próprio terroir, é o carro chefe, é claro. Melhor, impossível.
Cordero Patagonico en La Rueda |
Foi o grande encontro, buscado desde Paraty, passando por São Paulo e Buenos Aires. Foi ali, num restaurante do fim do mundo onde ele se expressou de maneira magnífica.
Centolla Gratinada |
Cazuela de Mariscos |
Mas Ushuaia é beira-mar, além de ser um porto internacional, certo? Então, a centolla e o salmão são iguarias locais. E foi num restaurante na Avenida Maipu, a avenida beira-mar , chamado Restaurante Tia Elvira que a centolla, cozida e desfiada, servida com molho Golf, uma estupidez de catchup e maionese, apareceu soberba. Claro, esqueça o molho e peça maionese simples.
El Assador Circular |
Na noite de Reveillon, no Restaurante Kaupé, nos foi apresentadao o ceviche de vieiras, como entrada. Perfeito, poderíamos ter ficado apenas nele a noite toda.
Peixe embrulhado em massa, no menu de Reveillon no Kaupé |
Em El Calafate, a horda de turistas, tal como gafanhotos devorou tudo, mas ainda houve tempo para apreciar, no Restaurante Casablanca, as empanadas de cordeiro, feitas com carne cortada à faca e não, carne moída.
Empanadas de cordero, no Casablanca |
De sobremesa, por supuesto, dulce de leche, sempre, em todos os restaurantes. Interessante, que o doce de leite sozinho, não é muito valorizado. Ele vinha acompanhado de batatas doces caramelizadas ou então, disfarçado num pudim. Bobagem! O que conta sempre é a essência.
Os vinhos, optamos,na maioria das vezes pelas bodegas da Patagônia a Bodega del Fin del Mundo, a Newquén, e a NPC. Estranhamente, a melhor uva da região, a pinot noir, era rara de ser encontrada, mas achamos um bom blend syrah-malbec, chamado Postales, da Bodega del Fin del Mundo.
Para as centollas, esnobamos. Tomamos o chardonnay Angelica, da Catena Zapata, que no Brasil é impensável pelo custo. No reveillon, tomamos vinhos da Bodega Rutini. Torce o nariz para os chardonnays de Mendoza, mas pela fartura ( e como foi farto!), ao final nem importava mais. Tentei lembrar do tinto, mas mesmo vendo a site da Rutini, nenhum me pareceu familiar.
En El Calafate encontrei, numa loja especializada em vinhos uma preciosidade a peso de ouro: um pinot noir, de uma pequena vinicola da região, dum lote de apenas 2.000 garrafas, assinadas à mão. Vinho digno para celebrar meu aniversário daqui a pouco.
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