quarta-feira, 26 de abril de 2017

13.9 - Ásia - Betel

Betel é um rolinho de mascar, de uso habitual entre os asiáticos, não importa o país, principalmente entre as populações mais pobres e mais velhas. Ele deixa os lábios e os dentes de uma coloração avermelhada, facilmente identificável.

Mascador de Betel
São multiplas as substâncias colocadas nesse rolinho: a primeira é um coquinho, a Areca, fruto da palmeira Areca catechu, da família Palmaceae. Por dentro, parece noz-moscada.

Pedaço de Areca
Areca em lâminas, vendidas nos mercados. Dá um mosaico!

E que belo mosaico!
Este coquinho, misturado a outras substâncias é consumido por 10% da população asiática, principalmente homens, trabalhadores do serviço braçal, por suas propriedades estimulantes, como o tabaco, a cafeína e - de uma maneira muito parecida - pelas folhas de coca, na Bolívia.

Mastigar um pacotinho de betel é o equivalente a beber 6 xícaras de café! Ulalá!

Rolinho de Betel pronto para ser empacotado
Ele melhora a concentração, aumenta a serotonina, dando uma sensação de bem-estar e euforia. Aumenta a salivação e melhora a digestão.

Tudo de bom!

O grande problema é o câncer de boca! Um problema de saúde pública, pois é um hábito milenar dessas culturas.

Como é preparado?
Uma folha duns 10 cm duma planta chamada Betel vine (não sei como traduzir isso ), Piper betel, da família Piperaceae, é lavada e recebe uma camada duma goma branca, 1 pedaço da noz betel, tabaco, tabaco indiano, um pó perfumado à base de cardamomo e canela.

Processo de preparo

Tudo é enrolado com muita habilidade e preso entre os dedos da mão esquerda. 5 desses rolinhos são embalados em plástico e vendidos. 

Enrolador nas ruas de Yangon
É uma droga de comércio lícito, vendido em todas as esquinas de Yangon, bem como as loterias. No país inteiro....

Folhas de Betel dispostas com arte no mercado
Esqueci de perguntar o preço!

Ponto de venda de Betel numa estrada perdida de Burma

Por isso viajo por minha própria conta, uma agência de turismo nunca mostra isso, as singularidades de cada cultura.

O que eles conseguem fazer, de costume, são eventos como um show de danças típicas para turistas num imenso barco fake, ancorado no lago Kan Daw Gyi. 


Barco para espetáculos turísticos e casamentos, em forma de dragão, em Yangon
Quase por intuição, descobri que é à beira desse lago que está o Aroma Café, onde Jean Baptiste tomou porres homéricos. 

Mas essa é outra história!

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