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Edna e Regina |
A previsão do tempo não era animadora, dias nublados, frio e até chuva. Desolador para quem pretendia ver montanhas e cânions. O grupo é heterogêneo: quatro mulheres aposentadas com diferentes histórias de vida e um currículo de viagens bem recheado. E alguém disse que a riqueza está na diferença; a conferir.
Não conhecíamos a estrada, lembranças antigas e dramáticas da rodovia Régis Bittencourt quando não era duplicada com seus intermináveis congestionamentos e acidentes graves. Da rodovia Ayrton Senna caímos numa longa alça do Rodoanel que nos desviou das marginais de São Paulo. Um longo trecho de 80 km, inóspito, com loteamentos irregulares, feios, mal cuidados. E como informação subliminar, a insegurança do Rodoanel, nenhum posto, nenhuma base de apoio. Mas cruzamos bem, sem nenhum percalço.
E, mais tarde, ainda falando de estradas pois há muito tempo não faço turismo de carro, veio a famosa - pelo menos para mim - descida da serra para alcançar o Vale do Ribeira. Hoje é uma rodovia duplicada,. mas que no passado, devido ao intenso tráfego de caminhões que fazem a rota sudeste - sul, era uma rodovia muito perigosa. Cruzei esse pedaço com a memória histórica aquecida, pois ela cruza por cidades com nomes que reportam à mineração no século 18: Eldorado, Sete Barras, Registro... Mas essa é outra história. Até combinei com Jane uma jornada de Cananeia à Iporanga, fazendo o caminho do ouro paulista.
A fronteira São Paulo - Paraná e outra serra pela frente, para chegarmos ao planalto de Curitiba. A pressão dos grandes caminhões exige serenidade. Depois de 595 km e 8 horas de viagem em dia nublado, sem ver a cara do sol, chegamos a São José dos Pinhais, num hotel da rede Ibis, nem tão barato e conforto mínimo, pasteurizado, quase ruim. Mas com aquecimento no quarto, o que permitiu o conforto do dia frio.
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Jane e Ana Rita |
Eu e Ana Rita escolhemos o restaurante Bambino Mio, pensando numa boa pasta e vinhos brasileiros do sul. Tá, nem era tão bom assim, mas o garçom tinha uma técnica de aquecer os pratos na mesa, flambando-os com álcool. Era bonito, tinha estilo, disfarçava a comida sem graça.
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