Vim para cá como presente de aniversário em 2011 (eu acho) e estou retornando hoje. Nesses 10 anos Jeri explodiu: passou de 100 mil visitantes ao ano para 1,2 milhões. Como se a cada ano dobrasse o número de visitantes. Penso na estrutura sendo criada para suportar tal demanda. Estrutura como água potável, água para banho, logística de comida, de saneamento básico...
Na viagem passada eu sentia a presença de um gerente oculto porque tudo funcionava muito bem. Agora não sei....
Jeri era terra dos índios Tremembés. Viviam como nômades pois é difícil imaginar um aldeamento em meio a dunas com rala vegetação rasteira. Pertinho fica o rio Grubiú, hoje divisa de Camocim. Talvez pudesse ter algum aldeamento ao longo desse rio.
O primeiro europeu que aportou por aqui foi Vicente Pinzón, em 1499, na terceira viagem de Colombo, mas isso não consta dos registros oficiais.
Depois essa terra continuou intocada até que algum português apareceu e fundou o forte de Nossa Senhora do Rosário (1614). Em algum momento do século XX, formou-se uma vila de pescadores, pois a enseada do mar e o rio facilitavam a pesca.
Nos anos 70, o movimento de contracultura passa a valorizar os paraísos intocados, Jeri entrou nesse roteiro uns 20 anos depois. E não parou mais. Hoje é tudo, menos um espaço de contracultura... Inserida na sociedade de consumo até a medula, se tornou um espaço exibicionista da era das mídias sociais.
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