É uma cidade histórica, pelo seu porto era escoada a economia do Piauí até meados do século 20; primeiro o charque, na segunda metade do século 19 pois o Piauí foi colonizado a partir de fazendas de gado que alimentava o ciclo da cana-de-açúcar em Pernambuco e Bahia. Quando o ciclo do charque declina, se inicia o ciclo do látex de maniçoba no sul do Piauí e mais tarde, já no século 20, o ciclo extrativista do óleo de babaçu e da cera de carnaúba, destinados ao mercado internacional.
Então, Parnaíba sempre foi uma cidade cosmopolita. De seus galpões no Porto das Barcas, saiam no inicio do século passado o babaçu e a carnaúba e chegavam as faianças, as sedas e as máquinas. Acredito que tudo isso se acaba com a Segunda Guerra Mundial, quando o Piauí estagnou.
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Porto das Barcas - Centro histórico restaurado |
O complexo arquitetônico do porto, onde funcionavam lojas, armazéns e depósitos que sustentaram esses ciclos econômicos e que ocupavam vários quarteirões (cerca de 20.000 metros quadrados) ao longo do rio Igarassu se tornou um amontoado de ruínas, onde só as paredes de pedras resistiram.
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Ruínas de armazéns do porto antigo, hoje nos jardins do Museu da Pesca. |
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parte turística do Porto das Barcas |
A cidade se volta para o turismo agora; a companhia aérea Azul faz, desde dezembro de 2020, dois voos semanais partindo de Campinas. Com a opção dos passeios de barcos pelo delta ou das praias próximas, sem dúvida é um destino fértil para quem está buscando fugir da rota turística padronizada
Como será o futuro é uma pergunta que está em aberto.
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