domingo, 8 de julho de 2018

17.2 - Chile - Santiago

Está frio e caro em Santiago, melhor, vivemos um momento econômico dramático no Brasil que faz as viagens internacionais subirem às alturas. Mas o Chile sempre foi caro para os brasileiros. É minha terceira viagem para cá e o cambio nunca foi uma situação confortável.
As taxas: 1 real = x dólares
               1 real = y pesos chilenos

Meu espanhol estava enferrujado. imaginei que iria - aos poucos - destravando a lingua básica. Qual o quê! A negociação com o taxista no aeroporto exigiu o espanhol básico de imediato. Consegui reduzir pela metade. Mesmo assim ficou caro: R$ 152,00 até o hotel, no Bairro Providencia. Hotel numa rua tranquila, (Calle Rancagua) ao lado da Plaza Baquedano. Decepção total! Hotel decadente, com o teto caindo, segundo andar interditado.Carpete marrom e sujo, desgastado..... queria sair correndo. Respirei fundo e falei:
- apenas por uma noite! Ainda bem que as tratativas para reservar uma segunda noite ( pelo cancelamento do passeio a SEWELL) não deram certo.

Era fim de tarde, num inverno ameno. Saímos rápido para a rua, explorar os arredores. Conhecia os arredores. Na rua paralela, na Vicuña Mackenna, hospedei-me com o Alexandre num hotel que tinha um bar no térreo, onde comíamos cachorro-quente com palta (abacate pequeno, de casca rugosa). Inesquecível!

Fomos andando em direção ao Bairro Belavista. A visão da Cordilheira no horizonte, com os picos nevados, a luz dourada do sol e a faixa de poluição dividindo-a em dois, tudo era novidade para as duas meninas deslumbradas. Numa farmácia (era noite de sábado), conseguimos comprar chip para internet, mas não houve jeito de nos conectarmos. É a tal de alfabetização em um país: descobrir como as coisas funcionam.

O Bairro Belavista tem um ar de Vila Madalena: ateliês de artistas, muito grafite nas ruas, bares, muitos bares, vida noturna estudantil. Andamos a esmo. Fome chegando, achamos um restaurante com calor aceso. Comida quente. Tudo que precisávamos. Na volta. entramos no shopping Belavista, com as mesmas lojinhas de artesanato onde a Claudia, numa viagem anterior tinha enlouquecido com as jóias em prata e comprado tudo.Ainda não sabíamos que há um lugar especial para comprar souvenires: a feira del Carmem, em frente ao Cerro Santa Lucia. Depois voltar para casa e dormir na quele hotel horrivel.

Outro dia é sempre outro dia, melhor ainda se tiver sol. No café, a TV ligada mostrava as notícias do resgate das crianças presas em uma caverna na Tailândia. Doce Tailândia das minhas memórias! Check-out realizado (que alívio deixar aquele hotel), malas guardadas na recepção, vamos aproveitar o dia. Subir as colinas do Bairro Belavista em direção ao Cerro Cristobal. No caminho, conhecer La Chascona, a mais bela das três casas de Pablo Neruda, onde ele viveu com sua segunda mulher: Matilde Urrutia. A casa foi completamente destruída após o golpe militar de 1973. Foi Matilde quem a reconstruiu, trazendo objetos da rica coleção de Neruda espalhadas nas suas duas outras casas: la Sebastiana, em Valparaíso e em Isla Negra, perto de Leyda e San Antonio.

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