sábado, 21 de julho de 2018

17.14 - Chile - Acabou

Depois de duas semanas perambulando pelo interior do país é hora de voltar para a casa e começar um novo ano. Antes de organizar o tempo futuro, há de se falar do que se passou. Andei pelo norte do país, primeiro numa região muito turística: o Deserto do Atacama e depois por lugares perdidos na Cordilheira: o Vale do Cogoti, um afluem do Limarí. Foram experiências muito diferentes, ou nem tanto, já que o ponto comum foi o contato com a natureza.
Perrengue no aeroporto: não havia comprado bagagem para a volta; a mala contendo minhas preciosas pedras foi despachada, pagando R$ 100,00 extras. A outra, cheia de vinho, vou ter de passar na alfândega

quinta-feira, 19 de julho de 2018

17.13 - Chile - A uva Carménère

Chile e Carménère se confundem.

17.12 - Chile - Viña Dalbosco

A Viña Dalbosco é uma das vinícolas do Valle do Limarí. É uma região pouco conhecida na produção de vinhos: poucas vinícolas e produção recente. A cidade central do Valle do Limarí é Ovalle. As mais conhecidas são a Tabali, a Tamaya, a Agua Tierra...., além da Dalbosco, é claro. Outras grandes vinícolas chilenas tem vinhedos espalhados por todo o território e o Vale do Limarí não é diferente.
As características dessa região que a faz importante para a implantação dos vinhedos são o solo argiloso-arenoso e o clima seco. Não chove há 7 anos! Devido a essas características climáticas, as parreiras são irrigadas por gotejamento, o que dá um melhor controle dos vinhedos. As uvas que melhor se expressam aqui são: Syrah, Carmenère e Viognier.

terça-feira, 17 de julho de 2018

17.11 - Arte Rupestre da Cultura Molle

Os Molles viveram ao norte do Chile entre 200 Ac a c DC e representaram uma cultura de transição entre os xxx e os Diaguitas, os povos que aqui viveram até 1537, data de chegada dos espanhóis.
A primeira coisa que percebo que o ódio dos latinos aos espanhóis é muito maior que o ódio dos brasileiros aos portugueses, apesar do estrago quanto à espoliação de ouro e prata, destruição da cultura pela Igreja e matança indígena ter sido a mesma. A explicação para tudo isso tem a ver, talvez, com o processo de independência, aqui muito mais sangrento que lá.
Nao sei se os Incas chegaram até aqui; no Atacama, com certeza. Os Incas também tiveram papel importante no enfraquecimento ou na destruição das culturas pré incaicas.

17.10 - Chile - Combarbalá

Combarbalá

domingo, 15 de julho de 2018

17.9 - Chile - Ai Wei Wei

Ai Weiwei é chinês e artista plástico provocador. Nasceu em 1957, em Beijing. Faz parte da contracultura chinesa e agora, internacional. Hoje mora entre Berlim e Beijing, mas as coisas nem sempre foram fáceis assim.

sábado, 14 de julho de 2018

17.7 - Chile - Atacama

O Atacama foi território boliviano e passou para o Chile numa das muitas guerras de fronteira que acontecem por aqui. As fronteiras entre Chile, Bolívia, Peru e Argentina nunca estão bem resolvidas. De quando em quando um país coloca seus exércitos de prontidão na fronteira. E vira notícia!
Mas, se a geografia é chilena, a alma é atacamenha. A face, os gestos, o modo de vestir, o artesanato tudo lembra um povo primitivo que enfrenta o desafio de sobreviver em território tão inóspito.
Usando água do mar para mineração

quinta-feira, 12 de julho de 2018

17.7 - Chile - Os Geysers e o Vulcão de Tatio

O Atacama como destino turístico começou ha uns 10 anos; antes só havia um pueblo dos povos atacamenhos, que tem sua origem na Bolívia. Me pergunto como tudo começou, quem foi o visionário que pensou e deu corpo a esse projeto: o de montar tours exóticos que atrai gente do mundo inteiro.

quarta-feira, 11 de julho de 2018

17.6 - Chile - Lagunas Altiplanicas

Elas repousam lá no alto a 3.500 metros de altitude. São duas e não precisa mais nada: Laguna Monique’s, ao pé do vulcão do mesmo nome (4.970 metros de altitude) e Laguna Miscanti. Ambas são salgadas e apesar de se alimentarem do degelo dos vulcões e montanhas, a salinidade da terra conta mais.

17.5 - Chile - Valle de la Luna

A partir de ontem comecei a relaxar com o câmbio e aproveitar a viagem. No pueblo de San Pedro do Atacama as portas ímpares são de agências de turismo e as pares, com os restaurantes. Entramos em uma que nos ofereceu o tour do Valle de la Luna por 10 mil pesos , além dos 3 mil pesos da entrada do parque.

Saímos as 3 horas, sob um sol do deserto.

segunda-feira, 9 de julho de 2018

17.4 - Chile - Uma história de amor entre vulcões

É uma lenda do Atacama!
Licancabur, o vulcão perfeito vivia ao lado de fora seu irmão gêmeo: Juriquez. No meio deles (e eu não sei como ela apareceu) vivia Kimal, uma montanha de contornos arredondados e suaves..

17.3 - Chile - Atacama. Pronto, cheguei!

Aeroporto de Santiago muito parecido com o de Lisboa, pequeno e cheio; filas intermináveis; correria para não perder o avião que por fim se atrasa. Viajamos pela SKY Airlines, a low cost do Chile, 60% mais barato que a LATAM. Uma hora e pouco de voo e pousamos em Calama. Já era deserto. Calama é uma cidade difícil de definir. Parece uma cidade recém fundada, com casas iguais em ruas iguais, de teto chato e todas novinhas em folha!
Pegamos um transfer para San Pedro de Atacama e mais uma hora de viagem em meio ao nada.

domingo, 8 de julho de 2018

17.2 - Chile - Santiago

Está frio e caro em Santiago, melhor, vivemos um momento econômico dramático no Brasil que faz as viagens internacionais subirem às alturas. Mas o Chile sempre foi caro para os brasileiros. É minha terceira viagem para cá e o cambio nunca foi uma situação confortável.
As taxas: 1 real = x dólares
               1 real = y pesos chilenos

Meu espanhol estava enferrujado. imaginei que iria - aos poucos - destravando a lingua básica. Qual o quê! A negociação com o taxista no aeroporto exigiu o espanhol básico de imediato. Consegui reduzir pela metade. Mesmo assim ficou caro: R$ 152,00 até o hotel, no Bairro Providencia. Hotel numa rua tranquila, (Calle Rancagua) ao lado da Plaza Baquedano. Decepção total! Hotel decadente, com o teto caindo, segundo andar interditado.Carpete marrom e sujo, desgastado..... queria sair correndo. Respirei fundo e falei:
- apenas por uma noite! Ainda bem que as tratativas para reservar uma segunda noite ( pelo cancelamento do passeio a SEWELL) não deram certo.

Era fim de tarde, num inverno ameno. Saímos rápido para a rua, explorar os arredores. Conhecia os arredores. Na rua paralela, na Vicuña Mackenna, hospedei-me com o Alexandre num hotel que tinha um bar no térreo, onde comíamos cachorro-quente com palta (abacate pequeno, de casca rugosa). Inesquecível!

Fomos andando em direção ao Bairro Belavista. A visão da Cordilheira no horizonte, com os picos nevados, a luz dourada do sol e a faixa de poluição dividindo-a em dois, tudo era novidade para as duas meninas deslumbradas. Numa farmácia (era noite de sábado), conseguimos comprar chip para internet, mas não houve jeito de nos conectarmos. É a tal de alfabetização em um país: descobrir como as coisas funcionam.

O Bairro Belavista tem um ar de Vila Madalena: ateliês de artistas, muito grafite nas ruas, bares, muitos bares, vida noturna estudantil. Andamos a esmo. Fome chegando, achamos um restaurante com calor aceso. Comida quente. Tudo que precisávamos. Na volta. entramos no shopping Belavista, com as mesmas lojinhas de artesanato onde a Claudia, numa viagem anterior tinha enlouquecido com as jóias em prata e comprado tudo.Ainda não sabíamos que há um lugar especial para comprar souvenires: a feira del Carmem, em frente ao Cerro Santa Lucia. Depois voltar para casa e dormir na quele hotel horrivel.

Outro dia é sempre outro dia, melhor ainda se tiver sol. No café, a TV ligada mostrava as notícias do resgate das crianças presas em uma caverna na Tailândia. Doce Tailândia das minhas memórias! Check-out realizado (que alívio deixar aquele hotel), malas guardadas na recepção, vamos aproveitar o dia. Subir as colinas do Bairro Belavista em direção ao Cerro Cristobal. No caminho, conhecer La Chascona, a mais bela das três casas de Pablo Neruda, onde ele viveu com sua segunda mulher: Matilde Urrutia. A casa foi completamente destruída após o golpe militar de 1973. Foi Matilde quem a reconstruiu, trazendo objetos da rica coleção de Neruda espalhadas nas suas duas outras casas: la Sebastiana, em Valparaíso e em Isla Negra, perto de Leyda e San Antonio.

sábado, 7 de julho de 2018

17.1 - Chile - Atraso no aeroporto

É inverno e sempre há neblina pela manhã. Isso provoca esperados atrasos nos voos e um certo tumulto no aeroporto. Como nosso voo para Santiago decola às 10:20, supus que - se a confirmação meteorológica fosse real, não teríamos problema, não haveria mais neblina nesse horário.
Nem tanto!
Acabaram de informar que nossa aeronave não conseguiu pousar e voltou para Uberlândia! Sem previsão de partida! O voo está cheio e há mais pessoas que cadeiras disponíveis... num aeroporto que acabou de ser reformado.
Viajo com Beatriz e Marina, minhas duas entusiasmadas sobrinhas. A ver como o trio funciona; é a primeira vez dessa parceria.

Aeroporto de Guarulhos


A companhia é a GOL e comprei pela Decolar, junto com 2 malas de 23 quilos. Bobagem! estou viajando com 10 quilos, mas o plano é voltar com uma mala extra contendo vinhos e pedras de combarbalita, pois está em nosso roteiro uma visita a uma mina da pedra em Combarbalá.

Tínhamos comprado um tour para SEWELL, uma cidade construída para abrigar os trabalhadores da mina de cobre EL TENIENTE, mas recebi um e-mail há dois dias cancelando o passeio devido a condições meteorológicas. Informavam também que iriam devolver o valor da reserva. A aguardar...

Digamos que gostei! É uma cidade sem ruas, construída no flanco de uma montanha, só com escadas. A condição atual dos meus joelhos não gostaria desse dia de escadarias. Ainda é muito nítido o estresse da subida e descida até a Universidade de Coimbra, menos de duas semanas atrás. Tá certo que entre os dois eventos houve um tratamento, uma aplicação de liquido sinovial sintético, que deve melhorar muito o atrito, mas testar em Sewell seria temeridade.