quarta-feira, 30 de março de 2016

12.3 - Bálcãs - Paris

Sempre teremos Paris! 
Quem se lembra do filme Casablanca, quando Humphrey Bogart se despede de Ingrid Bergman, no aeroporto de Casablanca, sabendo que aquela estava  sendo a despedida final. Ante o desespero dela com a separação ele, ao tentar consola-la, repete a frase que ficou em nosso coração com o significado que sempre vale apena amar em Paris.

Paris é a mesma, sempre. Talvez a chuva lhe traga um ar mais melancólico, talvez a primavera seja precoce demais...



Seus boulevares continuam bem cuidados como há 200 anos atrás quando Haussmann os projetou.


Paris está cheia de turistas: filas imensas no Louvre, na Notre Dame, em La Chapelle... Conheci estes lugares 20 anos atrás, quando ainda era possível a entrada. Agora a memória dos vitrais de La Chapelle ou do concerto de órgão da tarde de domingo na Notre Dame me preenchem enquanto me demoro em suas fachadas.

Nos desviamos dos turistas e vamos atrás da Belle Epóque em passagens e becos que só Olga conhece. Almoçamos no Procope, o restaurante mais antigo de Paris: 400 anos!










 Foi lá que a Revolução Francesa foi pensada. Onde Danton e Robespierre pensaram as estratégias para uma nova Humanidade.

Fruto desse contexto, suas toilletes indicam " cidadãos " e "cidadãs " ao invés de Monsieur e Madame.

Emociona, certo?

Como também emociona a atmosfera do restaurante Le Train Bleu, na Gare de Lion. com seus veludos azuis,  sua porcelana, espelhos e cristais de 100 anos atrás.

Porto euros comigo trazidos do Brasil, em notas de 500 euros. Preciso trocá-las e isso não é fácil. Nenhum banco, nenhuma casa de câmbio o fazem:
- Ne pas du monnaie, todos dizem.
A maior dica foi dum funcionário da casa de câmbio:
- Vá à Galeria Lafayette e compre alguma coisa. É o único lugar de Paris que tem troco para 500 euros.

Conselho aceito. Entramos e nos deslumbramos com o vitral da cúpula.


E foi assim que João, meu neto de 5 meses ganhou sua primeira peça de alta costura: uma jaqueta de Marc Jacob .


Chovia e fazia frio. Havia sido um dia intenso. Havíamos andado 15 km, que não é meu perfil de turismo , mas Olga queria fazer um condensado do que havia de mais importante, porque seria nosso único dia de turismo de rua.

Finalizamos com o Arco do Triunfo e lá Etoille. Estávamos mortas.


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