sexta-feira, 25 de março de 2016

12.1 - Balcãs - Por quê?

Viajar aos Bálcãs nunca foi uma prioridade.

É um pedaço do mundo interessante, com um belo litoral no leste do Mediterrâneo, teve um passado recente tumultuado, após a dissolução da Iugoslávia....

Não estava na minha lista... até que apareceu a Olga. Olga Nikolic!

A família da Olga saiu da Servia, de Belgrado após a Segunda Guerra, fugindo de Tito. Olga acabou nascendo na Itália. Sua família foi para o Peru, Bolívia e depois acabou chegando ao Brasil. Foram para a cidade da minha infância e foram meus vizinhos. Eu tinha 03 anos nessa época e não me lembro dela. Mas ela lembra-se de mim.

Reencontramo-nos em fins de 2014, em Paraty. Ela vive em Paris agora e estava trazendo os dois filhos para conhecer o Brasil. Olga viveu até quase os 50 anos sem nacionalidade, com status de " refugiada política da Iugoslávia". Só depois que os filhos nasceram na França, filhos de pai francês, que ela conseguiu obter a nacionalidade francesa, depois de 3 anos de trâmite de papéis. Ela me falou da Sérvia, das peculiaridades do país e da possibilidade de me acompanhar nessa viagem. Então combinamos a viagem à Sérvia. 

Definido o local, os planos vão se desdobrando: ora andamos para a frente, ora para trás. Marcada para outubro de 2015, a viagem foi adiada: coincidiria com o nascimento do meu primeiro neto, ocasião pra lá de especial.

Aí chegou o inverno nos Bálcãs...só agora o tempo se torna favorável (o câmbio, não!) 

Além de Olga, também contatei Andjelka Radojevic, em Belgrado; ela será minha guia por todo o período da viagem à Sérvia. Ela é artista plástica, especializada em mosaico, indicação das minhas amigas mosaicistas. Andjelka esteve no Brasil há 2 anos atrás para um curso de "rostos em smalti" e fez o maior sucesso aqui.

Não sei se ela trabalha com turismo também, só sei que ela organizou um programa super especial para mim. Mais que isso, ela será nossa guia. Num país de alfabeto cirílico, é pura sorte.

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