sábado, 11 de novembro de 2017

15.3 - A Ilha

Fernando de Noronha foi descoberta em 10 de agosto de 1503 por Américo Vespúcio, numa expedição de Gonçalo Coelho, quando uma de suas caravelas bateu num recife costeiro e naufragou. Bem, mais tarde recebeu esse nome por conta do financiador da expedição: Fernão de Loronha. Foi Vespúcio quem descobriu também, o Rio São Francisco, quando sua expedição de 1508, navegou-o até as cachoeiras de Paulo Afonso.

Abandonada pelos portugueses depois de registrada em sua cartografia (os portugueses eram grandes cartógrafos!), a ilha foi ocupada pelos ingleses no século 16, pelos holandeses no século 17 e pelos franceses no século 18. Aí os portugueses acordaram e perceberam que precisavam cuidar do patrimônio.


Mapa inglês da Ilha, realizado em 1793, baseado em material francês de 1760

Praia do Cachorro, três horas da tarde. Mar estreito entre duas formações vulcânicas, vento swell formando ondas descomunais. Nadinha de entrar na praia. De repente, Cristiano, o dono da barraca passa zunindo ao nosso lado com uma boia na mão. Olho pro mar e vejo duas cabeças, uma perigosamente perto das pedras.
Aí começam momentos de tensão. Ele joga a boia e o náufrago não pega; a boia vai ainda mais perto das pedras. O salva-vidas não titubeia, abandona o equipamento inútil e nada em direção ao homem. A cada braçada, a pergunta: vai conseguir? Sai correndo o garçom para ajudar o resgate. Enfim trazem o náufrago para a areia. Caminhava trôpego até se ajoelhar na areia e, de cabeça baixa, talvez orasse pela vida renascida ou pelo companheiro que ainda lutava contra as ondas.

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