Mas a viagem tem etapas; começa pelos Aeroportos.
Adoro aeroportos no primeiro instante; o layout, as malas tropeçando no seu pé, caras diferentes, a perspectiva de viajar, enfim, um conjunto de sinais a te dizer que o cotidiano ficou para trás.
Estou em Guarulhos, velho conhecido de tantas andanças. Os sinais de melhora pôs-Copa são visíveis: ar condicionado eficiente, mais vagas no estacionamento, mais cadeiras e Wi-fi grátis.Pouuca gente nesse meio-dia de quinta-feira.
Espero Glória e Helo para embarcarmos, via Avianca, para Petrolina com direito a uma parada de 40 minutos em Salvador.
Elas chegaram. Não conhecia Maria Heloísa, a Helo. Amiga da Glória, será nossa companheira nesses dias. Depois falo mais dela.
E a primeira vez que voamos Avianca no Brasil. Já voei por ela de Caraças a Cartagena, há 3 anos atrás. Aqui o voo foi ótimo. Avião moderno, pontual, boa distância entre as poltronas, bom serviço de bordo.
Fizemos uma parada em Salvador para troca de passageiros.
Me espantei com a vista aérea de Salvador. Espremida entre o mar aberto e o Recôncavo, a cidade espichou para os lados do aeroporto. Virou uma longa tripa povoada. Em alguns lugares com uma concentração vertical assustadora.
E chegamos a Petrolina sem sobressaltos. Sem horário de verão, tivemos de atrasar o relógio uma hora. A seca castiga aqui também, o rio São Francisco está bem baixo. O aeroporto tem o jeito de cidades do interior. Você desce por escadas no meio da pista e tem o primeiro contato com a temperatura local. Sempre quente, com a brisa que fala de imensidões, de grandes territórios sem barreiras geográficas.
E assim começamos em terras nordestinas. Num momento em que o preconceito do sudoeste para com essa cultura se exacerba por causa das eleições presidenciais. E preciso vir aqui, ver e conversar com as pessoas para compreender porque elas votaram em Dilma.
Faremos isso também.
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