Nesta manhã de ultimo dia colocamos as malas ( muito mais gordas) no carro e gastamos o dia pelo centro antigo de Montevideo. Como a maioria das grandes cidades da America do Sul, o centro é decadente, mal conservado e um pouco sujo, cheio de lojas escuras e empoeiradas e de ambulantes. Porém, os grandes edifícios do início do século XX que deram estrutura refinada à Montevideo a ponto dela ser considerada a melhor cidade da América do Sul, continuam lá. Imponentes. O Teatro Solis.
O Banco de La Nacion. As Galerias, no melhor estilo francês... O Edificio do Governo, de onde Jose MUjica, seu emblemático presidente governa o país.
Há alguns antiquários e - na Plaza Constituicón, uma feira de antiguidades.
Estava festiva a praça neste fim de manhã: uma banda com uniforme militar colorido apresentava pelas ruas do entorno as músicas típicas do gênero e - inúmeras tendas vendiam coisas antigas, lembrando a feirinha de domingo no MASP, talvz um pouco menor. À Mariana, encantaram as chaves antigas e a mim, um conjunto de velhas e azuis garrafas de leite, em seu engradado original em ferro. Quase comprei. O veto mental foi ao tamanho da embalagem e sua fragilidade: como entrar no avião portando seis garrafas vazias de leite?
Passamos pela Catedral, nesta mesma praça, depois, pela Plaza Independencia, onde uma grande estátua do General Artigas se exibe em seu cavalo. Artigas é o herói nacional e o fundador do sentimento nacionalista, da pátria uruguaia.
O prédio mais imponente e mais emblemático da época de ouro de Montevideo é o Edifício Salvo, construído em 1928 com 27 andares, sendo - por anos - o edifício mais lato da América Latina. A majestade da construção me impressionou em meio à decadencia do centro da cidade.